Wilson Tosta - O Estado de S.Paulo
O Ministério da Defesa reconhece ter aumentado em termos reais seus gastos no governo do presidente Lula, mas afirma estar "corrigindo os efeitos da séria crise fiscal que afetou o Brasil nas décadas de 80 e 90 e que restringiu investimentos em todas as áreas relevantes da vida nacional".
Com números ligeiramente diferentes dos do Estado, em uma mais série longa (de 1995 a 2010), mas na mesma direção, o ministério diz que, após queda de gastos de R$ 50,29 bilhões (2001) para R$ 49,54 bilhões (2002) e R$ 36,92 bilhões (2003), o governo aumentou as despesas para voltar a investir.
O texto admite que o País vai gastar mais com defesa e revela que a administração estuda ampliação de pessoal que, em duas décadas, elevaria o efetivo para quase 500 mil militares permanentes (fora recrutas).
"Essa expansão dos investimentos segue as prioridades da Estratégia Nacional de Defesa (END), que terá, entre outras ações, um plano de equipamento e integração das Forças Armadas para os próximos 20 anos", diz a resposta oficial via e-mail. O aumento de gastos será causado pelos novos equipamentos, como 4 submarinos da classe Scorpène, o submarino nuclear brasileiro e 50 helicópteros de transporte, comprados pelo Brasil.