Miguel Noronha - Correio do Povo
Integrantes do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial, aterrissaram sábado na Base Aérea de Canoas, vindos do Haiti, onde cumpriram missão especial em função do terremoto que arrasou o país caribenho. O grupamento ficou 40 dias na capital Porto Príncipe para fazer a segurança do Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira, instalado para atender as vítimas do abalo sísmico, ocorrido no início deste ano. Na aeronave, vieram também os militares da área da saúde que trabalharam no hospital.
Os 31 militares foram recebidos pelo titular do V Comando Aéreo Regional, Nivaldo Luiz Rossato, pelo comandante da Base Aérea de Canoas, tenente-coronel José Antônio Moraes de Oliveira Filho, e pelos familiares, que invadiram a pista tão logo a aeronave parou.
Para o tenente Júlio Cesar do Amaral Júnior, que comandou o grupamento no Haiti, os militares retornaram para casa comemorando o dever cumprido. Segundo ele, nesses 40 dias de trabalho em Porto Príncipe, não houve incidente algum que pudesse interferir na segurança dos profissionais. O militar relatou que a população festejou a instalação do hospital, que foi fundamental para diminuir as dificuldades provocadas pelo terremoto. "Foi uma experiência ímpar", relatou ele.
O soldado Ranieli Rodrigues contou que esse trabalho mudou seus conceitos de vida. Embora a presença em terras haitianas tenha sido temporária, os militares deixaram raízes por lá. Mães que procuraram o hospital de campanha para o parto acabaram colocando em seus filhos o nome dos soldados brasileiros da Aeronáutica.