WASHINGTON. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou ontem para Washington, pretende questionar Barack Obama sobre o novo acordo do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), assinado na semana passada com a Rússia, que reduz o arsenal nuclear dos dois países.
Desativação de quê? Se estamos falando de desativar o que já está caduco, não há sentido. Também tenho na minha casa uma caixa de remédios, da qual vou tirando os que ficam velhos. Ou falamos sério sobre desarmamento ou não podemos admitir que haja um grupo de países armado até os dentes e outro desarmado, disse em entrevista publicada no jornal espanhol El País.
Sobre a crescente pressão ao Irã e ao seu programa nuclear, Lula sustentou que, se Paquistão, Índia e Israel possuem a bomba atômica, é compreensível que quem se sinta pressionando por essa situação possa pensar em ter a sua. O presidente brasileiro reafirmou sua preferência pela negociação com Teerã: Não se pode partir do preconceito de que Ahmadinejad é um terrorista que deve ser isolado. Temos que negociar. O único limite à posição do Brasil é o respeito às resoluções das Nações Unidas, que meu país cumprirá.
A chegada do presidente a Washington estava prevista para as 0h40m de hoje (horário de Brasília). Além da conferência, sua agenda inclui uma série de encontros bilaterais, entre eles com os líderes da França, Itália, Turquia e Japão.