Afirma secretário da defesa
Área Militar
O Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, divulgou em uma entrevista a uma emissora de televisão daquele país, que está em fase avançada de testes um novo tipo de arma, que não estava disponível durante a guerra fria e que foi pensada para responder as novas ameaças que se apresentam no século XXI.
Segundo o dirigente norte-americano, trata-se de mísseis balísticos intercontinentais, aos quais foram removidas as ogivas nucleares, possuindo em vez disso uma ogiva convencional de alta potência.
O objectivo, é dar aos Estados Unidos mais uma possibilidade de retaliação não nuclear contra estados considerados «párias», como a Coreia do Norte ou o Irão, países que possuem programas próprios de desenvolvimento de armas atómicas, tendo já ameaçado utiliza-las.
A divulgação da notícia ocorre numa altura em que os Estados Unidos estabeleceram um acordo com a Rússia para uma nova redução no número de ogivas nucleares nos seus mísseis intercontinentais com base em terra e em submarinos. Ao mesmo tempo os Estados Unidos declararam unilateralmente que não responderão com um contra-ataque nuclear, mesmo no caso de serem vítimas de um ataque com armas não convencionais, excluindo dessa promessa os regimes de Pyongyang e Teerão.
O desenvolvimento visa aproveitar os sofisticados mísseis D5 / Trident-II, já que os acordos entre russos e americanos implicam a redução de ogivas nucleares mas não impõem limitações aos mísseis não nucleares.
Sabe-se que os Estados Unidos já vinham a desenvolver a ideia há algum tempo, embora não se soubesse em que estágio se encontrava o programa. Dentro das próximas semanas, vai ser feito o primeiro teste de um sistema do tipo.
Os Trident-II com ogivas convencionais possuirão uma ogiva inteligente, capaz de voo dirigido na sua fase final, o que lhe permite dispor de uma enorme precisão, dando aos norte-americanos capacidade para retaliar contra qualquer potencial inimigo em apenas alguns minutos, sem os inconvenientes da utilização de armas atómicas.
Mal entendido pode provocar problema grave
Segundo o dirigente norte-americano, trata-se de mísseis balísticos intercontinentais, aos quais foram removidas as ogivas nucleares, possuindo em vez disso uma ogiva convencional de alta potência.
O objectivo, é dar aos Estados Unidos mais uma possibilidade de retaliação não nuclear contra estados considerados «párias», como a Coreia do Norte ou o Irão, países que possuem programas próprios de desenvolvimento de armas atómicas, tendo já ameaçado utiliza-las.
A divulgação da notícia ocorre numa altura em que os Estados Unidos estabeleceram um acordo com a Rússia para uma nova redução no número de ogivas nucleares nos seus mísseis intercontinentais com base em terra e em submarinos. Ao mesmo tempo os Estados Unidos declararam unilateralmente que não responderão com um contra-ataque nuclear, mesmo no caso de serem vítimas de um ataque com armas não convencionais, excluindo dessa promessa os regimes de Pyongyang e Teerão.
O desenvolvimento visa aproveitar os sofisticados mísseis D5 / Trident-II, já que os acordos entre russos e americanos implicam a redução de ogivas nucleares mas não impõem limitações aos mísseis não nucleares.
Sabe-se que os Estados Unidos já vinham a desenvolver a ideia há algum tempo, embora não se soubesse em que estágio se encontrava o programa. Dentro das próximas semanas, vai ser feito o primeiro teste de um sistema do tipo.
Os Trident-II com ogivas convencionais possuirão uma ogiva inteligente, capaz de voo dirigido na sua fase final, o que lhe permite dispor de uma enorme precisão, dando aos norte-americanos capacidade para retaliar contra qualquer potencial inimigo em apenas alguns minutos, sem os inconvenientes da utilização de armas atómicas.
Mal entendido pode provocar problema grave
Ainda que seja uma boa ideia no sentido de aproveitar os sistemas que sobram, com a redução do número de ogivas, a ideia é vista com alguma desconfiança em vários meios.
O principal problema com este tipo de arma, é que não é possível saber se a ogiva é convencional ou nuclear. Logo, os sistemas defensivos dos países que possuem armas atómicas, nomeadamente a Rússia e a China, vão detectar o lançamento de um míssil balístico. Isto pode provocar mal-entendidos e é potencialmente perigoso. Isto mesmo foi realçado já várias vezes por analistas militares russos, que afirmaram que a Rússia poderia ser levada a lançar um contra-ataque de resposta, se houvesse um pequeno erro nos cálculos, que levasse os russos a concluir que os mísseis lhes eram dirigidos.
A divulgação desta notícia nesta altura, pode levar a crer que russos e norte-americanos podem ter chegado a algum tipo de acordo de cooperação, que permita para lá de qualquer dúvida, garantir que os russos sabem quando os norte-americanos vão disparar os mísseis.
Má notícia para o Irão
O desenvolvimento deste sistema, é mais uma má noticia para o Irão, não por causa da possibilidade de o país ser atacado por mísseis balísticos não nucleares, mas porque a utilização de tal arma implica um tipo de relacionamento de confiança entre russos e americanos, maior que aquele que seria de esperar.
O Irão tem baseado a sua posição de extremismo anti-americano no apoio russo ao seu programa nuclear e os russos forneceram ao Irão uma central nuclear para fins civis.
Os iranianos porém, entraram claramente numa desenfreada tentativa de produzir urânio altamente puro, que só tem utilidade para a produção de artefactos militares.
Na Rússia, desde há bastante tempo, que analistas militares afirmam que o Irão tem intenção clara de produzir um engenho nuclear para fins militares, dependendo apenas da capacidade de miniaturização e da quantidade de urânio disponível.