Segundo ele, até o final da primeira quinzena de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar o modelo vencedor.
De acordo com Jobim, o Projeto FX-2 foi reorientado em razão da Estratégia Nacional de Defesa.
O documento preconiza que o país não deve simplesmente comprar um avião de guerra, mas um pacote tecnológico que inclua a capacitação da indústria nacional.
Futuramente, o Brasil quer fabricar aviões de guerra de quinta geração.
Jobim lembrou que o Projeto FX 2 foi lançado em 1995 e que nestes 15 anos foram várias idas e vindas.
"O Brigadeiro Saito (Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito) é testemunha do esforço do governo para que o projeto FX-2 "reorientado" se concretize a tempo. O processo é longo. Provoca ansiedade. No entanto, estamos muito próximos da decisão final, decisão final essa que o presidente da república deseja tomar nos próximos 30 dias", afirmou.
Brasil recebe helicópteros de guerra
Neste sábado, foram entregues na Base Aérea de Porto Velho (RO), três dos 12 helicópteros russos MI-35H, batizados pela FAB de "AH-2 Sabre".
O Brasil vai pagar um total de US$ 363,9 milhões pelo negócio e a Rússia aceitou investir o mesmo valor como compensação comercial.
Os helicópteros russos MI-35, foram fabricados pela Rostvertol e negociados com a estatal Roboronexport, responsável por toda venda de material de defesa daquele país.
Os nove helicópteros restantes serão entregues até o final de 2011.
Fechada em outubro de 2008, a negociação envolve um pacote de 12 aeronaves mais armamentos e suprimentos para manutenção por cinco anos.
Além disso, os russos investirão metade do valor da compra na instalação de ferramentas, bancadas e treinamentos parta manutenção, que será feita majoritariamente no Brasil, e treinamento de pilotos e mecânicos, além de um simulador de vôo.
Na avaliação do Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, "trata-se de uma plataforma guerreira, com capacidade furtiva, armamento de alta precisão e letalidade. As aeronaves estão preparadas para missões de superioridade aérea (domínio aéreo da área de conflito) e de interdição, tanto diurnas quanto noturnas".
Nelson Jobim destacou que com o parque de manutenção instalado, o governo poderá repassar o conhecimento a empresas privadas que possam ampliar a clientela, cuidando inclusive da manutenção de aeronaves de outros países da América do Sul - como Peru, Colômbia, e Venezuela - e da África.
O ministro afirmou ainda que os novos helicópteros fortalecerão a inviolabilidade da Amazônia brasileira, e reafirmou a soberania nacional sobre os destinos da região.
"Não venha ninguém dizer como o Brasil deve tratar a Amazônia. Nós protegeremos a Amazônia para nós e para o mundo, e que o mundo saiba disso", reiterou.