Viatura com canhão de 105mm não deverá será adquirida
Área Militar
A imprensa portuguesa anunciou nesta segunda-feira que o ministério português da defesa, decidiu consultar um fabricante no sentido de converter algumas das viaturas Pandur-II adquiridas, de forma a adaptar-lhes uma torre equipada com canhão de 105mm adequado para apoio de fogo directo.
Estava prevista a aquisição de 33 viaturas do tipo, e foram testadas duas torres diferentes com dois canhões diferentes, ainda que de calibre idêntico. Uma da italiana Otomelara e outra da Mecar da Bélgica. Esta última é considerada mais eficiente ainda que mais cara que o modelo italiano.
As viaturas Pandur-II equipadas com uma torre armada com canhão de 105mm foram sempre consideradas como uma opção adicional ao contrato de fornecimento deste tipo de equipamento ao exército e destinam-se a equipar o GAM [1].
Ao contrário do que é normalmente corrente, as viaturas Pandur não se destinam apenas a substituir as «Chaimite V-200», concebidas originalmente nos Estados Unidos no final dos anos 50 e que foram objecto de modificações para permitir a sua construção em Portugal no inicio dos anos 70. Estas viaturas destinam-se s dar mobilidade a um maior número de unidades do exército, as quais não possuíam Chaimites ou outro tipo de equipamento equivalente.
Para que servem as viaturas equipadas com canhão de 105mm ?
Este tipo de viatura destina-se a garantir apoio de fogo para forças ligeiras. Ainda que se trate de um equipamento de calibre relativamente elevado, o objectivo deste tipo de sistema é o de dar apoio de fogo directo às forças de infantaria ligeira motorizada.
Existe também o apoio de fogo indirecto, que deverá ser garantido por sistemas de morteiros auto-propulsados Soltam de 120mm que também são auto-transportados em viaturas Pandur devidamente adaptadas para o efeito.
Conversão viável ?
Aparentemente, o objectivo será o de reduzir os custos, mas não é até ao momento claro que modelo de viatura será adaptado, já que o modelo base da viatura Pandur-II, configurada para transporte de infantaria, não é o mais adequado para a conversão. O exército português adquiriu um número de 32 viaturas de combate de infantaria, e pela sua configuração interna, que inclui uma torre armada com canhão de 30mm, este é o tipo de viatura que mais facilmente poderia ser adaptado para receber uma torre com características diferentes.
A versão base do Pandur-II português, é destinada apenas ao transporte de infantaria e dispõe como principal meio de defesa de uma simples metralhadora de calibre 12.7mm.
Para converter uma destas viaturas, seria necessário efectuar modificações custosas que poderiam ser mais caras que uma viatura nova. A colocação de uma torre armada com um canhão mais potente, implica estudos de engenharia destinados a garantir que o anel central onde encaixa a torre, está construído de forma a permitir absorver a energia resultante dos disparos da arma.
O exército português tem uma má experiência neste tipo de adaptações, pois possui viaturas V-150 da Cadillac-Gage [1] que receberam uma torre armada com um canhão de 90mm, demasiado potente para a viatura em que foi instalado, tendo daí resultado danos adicionais para as viaturas e a impossibilidade da sua utilização de forma eficiente.
Problemas com contratos
Entretanto, como em outros processos de aquisição de material militar para o exército português, também no caso da venda das viaturas Pandur-II ocorreram problemas entre o fabricante e as forças armadas, alegadamente porque as viaturas fornecidas não cumprem as especificações e foram fornecidas com defeitos.
As viaturas no modelo básico, e nas versões ambulância e comando, são montadas em Portugal por uma empresa do Barreiro, na margem sul do Tejo, próximo de Lisboa.
Estava prevista a aquisição de 33 viaturas do tipo, e foram testadas duas torres diferentes com dois canhões diferentes, ainda que de calibre idêntico. Uma da italiana Otomelara e outra da Mecar da Bélgica. Esta última é considerada mais eficiente ainda que mais cara que o modelo italiano.
As viaturas Pandur-II equipadas com uma torre armada com canhão de 105mm foram sempre consideradas como uma opção adicional ao contrato de fornecimento deste tipo de equipamento ao exército e destinam-se a equipar o GAM [1].
Ao contrário do que é normalmente corrente, as viaturas Pandur não se destinam apenas a substituir as «Chaimite V-200», concebidas originalmente nos Estados Unidos no final dos anos 50 e que foram objecto de modificações para permitir a sua construção em Portugal no inicio dos anos 70. Estas viaturas destinam-se s dar mobilidade a um maior número de unidades do exército, as quais não possuíam Chaimites ou outro tipo de equipamento equivalente.
Para que servem as viaturas equipadas com canhão de 105mm ?
Este tipo de viatura destina-se a garantir apoio de fogo para forças ligeiras. Ainda que se trate de um equipamento de calibre relativamente elevado, o objectivo deste tipo de sistema é o de dar apoio de fogo directo às forças de infantaria ligeira motorizada.
Existe também o apoio de fogo indirecto, que deverá ser garantido por sistemas de morteiros auto-propulsados Soltam de 120mm que também são auto-transportados em viaturas Pandur devidamente adaptadas para o efeito.
Conversão viável ?
Aparentemente, o objectivo será o de reduzir os custos, mas não é até ao momento claro que modelo de viatura será adaptado, já que o modelo base da viatura Pandur-II, configurada para transporte de infantaria, não é o mais adequado para a conversão. O exército português adquiriu um número de 32 viaturas de combate de infantaria, e pela sua configuração interna, que inclui uma torre armada com canhão de 30mm, este é o tipo de viatura que mais facilmente poderia ser adaptado para receber uma torre com características diferentes.
A versão base do Pandur-II português, é destinada apenas ao transporte de infantaria e dispõe como principal meio de defesa de uma simples metralhadora de calibre 12.7mm.
Para converter uma destas viaturas, seria necessário efectuar modificações custosas que poderiam ser mais caras que uma viatura nova. A colocação de uma torre armada com um canhão mais potente, implica estudos de engenharia destinados a garantir que o anel central onde encaixa a torre, está construído de forma a permitir absorver a energia resultante dos disparos da arma.
O exército português tem uma má experiência neste tipo de adaptações, pois possui viaturas V-150 da Cadillac-Gage [1] que receberam uma torre armada com um canhão de 90mm, demasiado potente para a viatura em que foi instalado, tendo daí resultado danos adicionais para as viaturas e a impossibilidade da sua utilização de forma eficiente.
Problemas com contratos
Entretanto, como em outros processos de aquisição de material militar para o exército português, também no caso da venda das viaturas Pandur-II ocorreram problemas entre o fabricante e as forças armadas, alegadamente porque as viaturas fornecidas não cumprem as especificações e foram fornecidas com defeitos.
As viaturas no modelo básico, e nas versões ambulância e comando, são montadas em Portugal por uma empresa do Barreiro, na margem sul do Tejo, próximo de Lisboa.
[1] – GAM quer dizer Grupo de Auto Metralhadoras. O exército português continua a utilizar designações francesas do tempo da I Guerra Mundial, pelo que uma viatura 8x8 equipada com um canhão de 105mm, é considerada uma auto-metralhadora.
[2] – A mesma empresa que concebeu o V-100 «Commando», a viatura de que deriva a Chaimite.