Logo após o incidente, o braço de inteligência dos militares notificou ao governo um "certo" envolvimento norte-coreano, segundo relato de uma fonte militar à Yonhap. Lee tem sido criticado por um suposto excesso de cautela no trato com a Coreia do Norte. O governo exigiu uma minuciosa investigação do naufrágio, que teria matado até 46 marinheiros.
A embarcação militar Cheonan naufragou perto de um trecho de fronteira marítima disputada entre as duas Coreias. O governo pretende içar em breve a metade frontal da embarcação de 1.200 toneladas, e só depois disso irá se manifestar oficialmente sobre a causa da explosão que a afundou.
Mesmo se a culpa for atribuída a Pyongyang, há pouco que Seul possa fazer, segundo analistas, porque uma reação militar poderia prejudicar a rápida recuperação econômica sul-coreana, além de fortalecer internamente o regime comunista norte-coreano.
Sob o governo de Lee, a Coreia do Sul abandonou a ajuda incondicional ao Norte, de modo a pressionar o miserável vizinho a abrir mão de suas armas, especialmente as atômicas.
"A questão nuclear ainda não foi resolvida. Isso e o incidente do Cheonan servem para infligir um impacto negativo sobre o governo Lee", disse o analista político Lee Nam- young, da Universidade Sejong, em Seul.
A reclusa Coreia do Norte negou envolvimento com o naufrágio na costa oeste da península, cenário de duas letais batalhas navais na última década. Pyongyang acusou Lee de usar o incidente para obter benefícios políticos antes das eleições locais sul-coreanas de junho.