Estado de Minas
Bogotá – O acirramento de combates entre o Exército colombiano e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no município de Ituango, no Noroeste do país, fez com que pelo menos 1,5 mil camponeses abandonassem suas casas e lotes. "Os camponeses, com suas mulheres e crianças, estão saindo das casas de Ituango (500 quilômetros a noroeste de Bogotá), devido aos confrontos", disse à imprensa o líder comunal Gabriel Villa. Ele completou que os lavradores "estão encurralados em uma guerra (entre os militares e os rebeldes), mas na qual quem está sofrendo são os civis".
Centenas de camponeses estavam ontem no colégio da área urbana de Ituango, cujas autoridades pediram ajuda às organizações humanitárias diante do temor de que o êxodo aumente.
Ituango, localizada no departamento (estado) de Antioquia, foi cenário nos últimos anos de diversas operações contra a guerrilha e outros grupos ilegais, assim como do deslocamento em massa de civis que fugiam do fogo cruzado. A região do êxodo esteve sob controle de grupos paramilitares, tem plantações de coca e é cenário de frequentes confrontos armados.
Os militares afirmaram no sábado terem matado na localidade de Toledo, em Antioquia, o líder da frente 36 das Farc, Juan Batispa Peña, acusado de matar membros das forças públicas e de cometer atentados com explosivos contra a infraestrutura energética. Peña era um dos 23 guerrilheiros que os militares informaram ter matado durante a semana santa, na qual também foram presos 57 suspeitos de serem membros das Farc. Outros 25 entregaram-se às autoridades, segundo um balanço militar.
Outro líder rebelde, o comandante da frente 24 das Farc, apelidado de "Rubiel Colorado", sua mulher e três de seus tenentes morreram em um bombardeio na localidade de San Pablo, departamento caribenho de Bolívar, 920 quilômetros ao norte de Bogotá, informou o Exército.