Um em cada seis aviões afectados pelo problema
Área Militar
104 aeronaves do tipo F-18 foram proibidas de voar pelo comando de sistemas aero-navais norte-americano nesta Sexta-feira, quando uma análise feita por técnicos concluiu que os aviões de combate tinham desenvolvido fissuras muito antes do que seria de esperar, considerando as características dos materiais.
O problema afecta 16% dos aviões das séries do F/A-18A até ao F/A-18D, mas não inclui os mais recentes F/A-18E/F.
Também não são incluídos na proibição de voar, as aeronaves presentemente em operações na região do golfo.
Ainda que um porta-voz do organismo oficial norte-americano tenha declarado que não ocorreram quaisquer acidentes resultado dos problemas detectados, ocorreram recentemente problemas com este tipo de aeronave, mas segundo a mesma fonte, sem qualquer tipo de relação com o problema agora descrito.
O caça F-18 é uma aeronave desenhada propositadamente para operação a bordo de porta-aviões, e é por isso uma das aeronaves estruturalmente mais resistentes ao serviço das forças norte-americanas.
Preparados para pousos em porta-aviões, que pelas suas características são descritos pelos especialistas como «quedas controladas» os F-18 são submetidos a tensões e esforços mecânicos muito superiores aos de outras aeronaves.
Não se conhecem dados específicos sobre o problema, mas sabe-se que as fissuras detectadas, ocorreram em áreas onde se exerce enorme tensão mecânica, e onde esse tipo de problemas é de esperar, ainda que aparentemente não tão cedo quando o previsto.
A força aérea norte-americana possui 635 aeronaves do tipo F/A-18A/B/C/D ao serviço, sendo que as mais antigas foram modernizadas para um padrão mais recente.
Com base nos F-18 mais antigos, foi concebido um novo modelo de F-18, também conhecido como «Super Hornet», designado por F-18E/F. Esta última aeronave foi oferecida ao Brasil fazendo parte da «short list» do programa F-X/2.