Segundo Jobim, foi ofertado o pagamento de 5% do valor da tecnologia não transferida. Ele mostrou-se desconfiado a respeito do seguro proposto pelos concorrentes.
– Por um lado é interessante, por outro demonstra que a própria Boeing não tem segurança de que o governo americano possa garantir, porque há agências e o Congresso. O Congresso tem que aprovar essas transferências, o Congresso lá é muito forte – afirmou Jobim após participar de aula magna na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro.
Questionado se a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu que a proposta americana seja avaliada com cuidado, o ministro foi enfático.
– Todos pedem, não só ela.
Jobim frisou que a garantia de transferência de tecnologia é um dos pontos fundamentais na avaliação das propostas apresentadas pelos concorrentes. Além da Boeing, a sueca Saab, com o Gripen, e a francesa Dassault, com o Rafale, disputam a preferência.
– A questão básica é a análise que vamos fazer sobre qual das três opções nos dá capacitação nacional com mais integridade. Capacitação nacional acontece com transferência de tecnologia, e a possibilidade de integrar isso na indústria de defesa brasileira – disse Jobim.
O ministro reafirmou que o processo está em fase final, e uma definição será divulgada ainda este mês.
Ele explicou que o ministério da Defesa está terminando sua análise, e, depois, levará as definições à FAB para que a força militar faça as considerações devidas.
Após essa fase, Jobim apresenta suas considerações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai levar ao Conselho de Defesa.
A decisão final, no entanto, caberá a Lula. O anúncio deve ocorrer em até 17 dias.
No início da semana, Jobim dissera que, antes de tomar a decisão, Lula deverá convocar o Conselho de Defesa Nacional.
– O presidente deseja decidir uma vez que precisamos começar substituir. A frota de aviões supersônicos começa a entrar em obsolescência em 2014, então, precisamos estabelecer uma substituição dessa frota.
Com agências