O decreto assinado pelo presidente Lula, criando a comissão, provocou uma crise no governo que culminou com entregas de cartas de demissão do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos comandantes militares.
Os presidentes se solidarizam com Jobim e atacam a possibilidade de reabertura de investigações.
Os três usam palavras como "revanchismo" e "mesquinharia" para falar dos riscos contra a democracia.
O texto diz ainda que, se os casos do passado fossem revistos, "teriam que examinar (...) também os atos dos militantes que protagonizaram cenas cruéis de terrorismo, sequestros, assassinatos (...)". Os presidentes citam "compensações morais, políticas e financeiras generosas" concedidas aos militantes de esquerda.
Com a comissão, segundo a nota, "as sequelas viriam à tona".
A nota é assinada pelo vice-almirante Ricardo Veiga Cabral (Clube Naval), general Gilberto Barbosa de Figueiredo (Militar) e pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista (Aeronáutica).