Andrei Netto, correspondente em Paris - O Estado de SP
A informação de que a FAB classificou o caça Rafale, da Dassault, em último lugar em seu parecer técnico repercutiu na imprensa francesa, mas não quebrou o silêncio do governo Sarkozy. A estratégia de atuar nos bastidores, contudo, seguiria em curso: segundo o jornal Libération, a Dassault estaria reduzindo seus preços para tentar conquistar o contrato.
Ontem, o Estado contatou o almirante Edouard Guillaud, porta-voz do tema no governo francês, em busca de uma reação sobre relatório, revelado pela revista Veja e pelo jornal Folha de S. Paulo. Por uma assessora, ele disse que não se manifestaria. O silêncio também foi a resposta de executivos da Dassault procurados pela reportagem na sede da empresa, na França, e na filial, em Brasília.
Enquanto a Dassault se calou, a Gripen, manteve o perfil discreto. "Se a informação for verdadeira, será uma notícia muito importante para a Saab. Mas não recebemos nenhum tipo de comunicado oficial", disse a diretora de Comunicação da Saab Brasil, Anne Lewis-Olsson.