The Wall Street Journal
CARACAS – O presidente Hugo Chávez disse que mandou dois caças F-16 interceptarem um avião militar americano que teria violado duas vezes o espaço aéreo venezuelano na última sexta-feira, o que chamou de “provocação” nos céus da nação sul-americana.
Brandindo uma foto do avião, que ele descreveu como um P-3, Chávez disse que o sobrevôo foi a última incursão no espaço aéreo venezuelano por parte dos militares dos EUA, a partir de suas bases em ilhas do Caribe da Holanda e da vizinha Colômbia.
Não houve resposta imediata do Departamento de Defesa dos EUA ou a Casa Branca.
Separadamente, Chávez anunciou uma desvalorização da moeda pela primeira vez desde 2005. O presidente disse que moeda da Venezuela, o bolívar, agora terá duas taxas, dependendo do uso, 2,60 por dólar para transações consideradas prioritárias pelo governo ou 4,30 por dólar para outras transações. A taxa de câmbio atual da moeda oficial definida pelo governo é de 2,15 bolívares por dólar.
Sobre a intercepção de avião, Chávez disse que os F-16 acompanharam o avião americano afastando-o, após duas incursões com duração de 15 e 19 minutos cada.
A ameaça de intervenção dos EUA tornou-se um elemento central do discurso político de Chávez e um grito de guerra para os seus defensores.
Já os adversários dizem que o presidente está exagerando na ideia de uma ameaça externa para distrair os venezuelanos de problemas domésticos, tais como uma recessão e inadequação dos serviços públicos. Chávez surpreendeu o mundo diplomático em dezembro, quando acusou a Holanda de cumplicidade na ação potencialmente ofensiva contra o seu governo, através da concessão de acesso das forças americanas em suas ilhas, perto da Venezuela.
O governo holandês diz que a presença dos EUA é apenas para combate ao narcotráfico e operações de vigilância sobre as rotas de contrabando do Caribe.
F-16 venezuelanos interceptam P-3 americano
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