Atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reforçar o contingente de militares brasileiros no Haiti, o Congresso Nacional aprovou ontem o envio de mais 1.300 militares brasileiros para o país caribenho atingido por um terremoto no dia 12 de janeiro. Mesmo de recesso, uma comissão representativa da Câmara e do Senado convocada para votar em caráter emergencial deu o aval para a ampliação da presença militar brasileira na região.
Alguns parlamentares, como o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), se posicionaram contra o envio de mais tropas: – Estou vendo meus irmãos morrendo aqui no Brasil sem uma palavra a favor deles. Está todo mundo assistindo, diariamente, o que é a situação da Haiti e não a situação do Brasil.
– O Brasil é um país próspero, organizado. Temos diferenças de pontos de vista, mas somos capazes de enfrentar muitas tragédias e saímos de forma positiva de todas elas. Aqui não é o Haiti – rebateu o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).
Liderança O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que o reforço das tropas no Haiti é importante por mostrar a liderança do Brasil no comando das forças de paz das Nações Unidas.
– O Brasil tem que pagar o preço pela sua grandeza. O Brasil, sendo o maior país da América do Sul, pelo peso da sua grandeza, tem o custo e isso nós devemos pagar. Para as Forças Armadas é muito importante que tenhamos também participação internacional em favor da paz do mundo inteiro – analisou o peemedebista.
A ideia do Ministério da Defesa é enviar, de imediato, 900 militares para o Haiti.
Os outros 400 devem ficar de prontidão para seguirem ao Haiti se o governo brasileiro considerar a necessidade de um novo reforço de contingente, sem que o Congresso tenha que novamente aprovar o reforço das tropas.
Com agências