Cláudio Humberto - Jornal do Commércio
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes das três Forças colocaram os cargos à disposição após o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, exigir a presença de Jobim na cerimônia do Programa Nacional de Direitos Humanos, semana passada. Teria ameaçado chamar os militares de "covardes". O presidente Lula teve de intervir para evitar uma possível crise. Jobim disse ao presidente que não iria ao evento para ser coerente com sua opinião de não falar e esquecer o passado.
O brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica) e o general Enzo Peri (Exército) prestaram imediata solidariedade ao ministro Jobim. O almirante Moura Neto (Marinha), que estava no Rio, foi chamado às pressas para discutir como agir em caso de referência aos militares. O secretário de Direitos Humanos, que tem status de ministro, não respondeu até o fechamento da coluna.