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05 novembro 2009

EUA usarão aeroportos comerciais

Polêmico acordo entre os dois países prevê utilização dos sete terminais internacionais por jatos militares americanos, segundo publicou a imprensa colombiana
 
Jornal do Commércio

BOGOTÁ – Aviões militares dos Estados Unidos poderão usar aeroportos comerciais de operação internacional da Colômbia no âmbito do acordo militar assinado na última sexta-feira entre os dois países. "Irá se estabelecer um mecanismo para determinar a estimativa do número de voos que farão uso de aeroportos internacionais, em conformidade com as leis e regulamentos colombianos", diz o texto do tratado, de acordo com informação divulgada anteontem no site do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia.

O país sul-americano tem atualmente sete pistas aéreas internacionais – Barranquilla, Cartagena e San Andrés (Caribe, ao norte), Bogotá (centro), Cali (Sul), Medellín (noroeste) e Bucaramanga (leste).

"O uso de aeronaves exigem aparelhamento em terra para o fornecimento de combustível e em alguns casos para análise técnica, o que exigirá funcionários estrangeiros nesses aeroportos", afirmou o jornal colombiano El Tiempo em sua edição de ontem.

Antes de entrar em vigor esse acordo de dez anos entre Colômbia e EUA, aviões militares americanos eram obrigados a desembarcar no aeroporto Eldorado de Bogotá e de lá viajar para outros destinos.

DESPREZO

O líder cubano Fidel Castro acusou ontem o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de tratar com "desprezo" a América Latina ao assinar o acordo o uso de sete bases militares colombianas pelo Exército americano.

Em um artigo publicado no jornal oficial Granma, Fidel ressalta que, com o uso dessas bases, os EUA "ameaçam não só a Venezuela, como todos os povos do centro e do sul de nosso Hemisfério". "Não se trata de um ato do governo (George W.) Bush. É Barack Obama que assina esse acordo, violando normas legais, constitucionais e éticas, enquanto os frutos da funesta base militar ianque de Palmerola, em Honduras, ainda são exibidos ao mundo", ressaltou.

O ex-presidente cubano, de 83 anos, que se afastou do governo há três anos e meio por motivos de saúde, lembrou que o golpe de Estado em Honduras "foi efetuado durante a atual administração" de Obama. "Nunca se tratou com tanto desprezo os povos latino-americanos deste Hemisfério. Se equivoca o presidente dos Estados Unidos e se equivocam seus assessores, se seguirem por esse caminho sórdido e depreciativo em relação aos povos da América Latina", acrescentou Fidel.

O texto do acordo foi considerado desequilibrado a favor dos EUA e potencialmente violador da soberania colombiana pelo Conselho de Estado da Colômbia, órgão jurídico consultivo máximo do país.

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