Por meio de um porta-voz, a Dassault afirmou que as informações "são falsas" e que a empresa "não costuma negociar em público".
As autoridades governamentais francesas defendem um preço muito baixo que permita fechar a operação e lançar assim outras possíveis vendas deste avião, cuja trajetória comercial até agora tem sido decepcionante – apenas a França o usa.
No início de outubro, as três empresas que disputam a preferência brasileira apresentaram suas propostas ao governo brasileiro para a venda de 36 caças, o que incluía a transferência de tecnologia e, em alguns casos, o compromisso de compra de aviões brasileiros.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantiu ontem que a disputa entre os fabricantes para fornecer os aviões ao Brasil está "fortíssima", mas evitou polemizar.
– Não entro em briga de empresa.
O problema com os Estados Unidos são as questões do passado.
O passado é um grande exemplo de embargo da transferência de tecnologia – alertou.
Jobim explicou que ouviu relatos dos militares denunciando que as empresas norte-americanas só iriam fornecer tecnologia para a conclusão de equipamentos militares, como baterias, pilhas térmicas e propelentes, daqui a 10 anos. Mas a dificuldade de concretizar acordos de troca de tecnologia, na avaliação do ministro, é um problema para vários países.
– Isso faz parte do jogo – afirmou.
– Todos os países do mundo não querem que os outros se desenvolvam tecnologicamente. Mas o Brasil vai se desenvolver.
O Ministério da Defesa pretende anunciar o vencedor da licitação para a compra de 36 aviões caça até o fim do ano. A Aeronáutica ainda avalia as propostas recebidas.
(Com agências)