Os militares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, o Cindacta IV, que opera em Manaus, forneceram ontem à imprensa novas informações sobre a atuação do órgão no acidente ocorrido no fim do mês passado, quando uma aeronave Caravan C-98, da Força Aérea Brasileia, caiu próximo de Atalaia do Norte, a 1.138 quilômetros de Manaus, e vitimou duas pessoas. Os servidores do Cindacta apresentaram vídeos, gráficos e áudios da aeronave antes da queda.
Atualmente, as causas do aciente continuam sob investigação do sétimo Comando Aéreo Regional (Comar), integrante da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo os materiais disponibilizados pelo Cindacta IV, o primeiro helicóptero que buscava o avião e seus sobreviventes chegou ao local do acidente quarenta minutos depois do último registro do avião. "Por volta das 9h43 daquela quinta-feira, 29 de outubro, a aeronave sumiu dos nossos computadores de monitoramento", disse o brigadeiro Carlos Eurico Peclat, comandante do Cindacta.
Helicóptero acionado
Oito minutos depois, falou o militar, foi recebido o sinal do ELT (Transmissor Localizador de Emergência, em inglês), que transmite automaticamente sinais de alerta quando a aeronave sofre um impacto súbito. Imediatamente, um helicóptero, que atuava na "Operação Gota", de vacinação de indígenas, foi acionado para dar início as buscas na região indicada pelo equipamento do Cindacta.
O brigadeiro Carlos Eurico Peclat mostrou ainda um áudio em que a aeronave, intitulada "Cobra 25", "conversa" com a torre de comando, o "Centro Amazônico". No arquivo apresentado à imprensa, vêse o piloto trocando informações com a torre de comando, a maior parte delas relativa à coordenadas e posicionamentos durante o voo. No pouco tempo de áudio disponível, ouve-se ainda que, em determinado momento, a aeronave "some" do radar e não responde mais aos contatos feitos pelos técnicos do Centro de Comando, dando a entender que algo de errado aconteceu.