Ontem à tarde, em entrevista coletiva a jornalistas brasileiros, a ministra do Comércio Exterior do país, Ewa Björling, confirmou que o tema, a compra dos aviões, vai ser tratado em algum momento.
– É óbvio que vamos conversar sobre a Saab. A Suécia vai oferecer todo apoio à Saab – disse lacônica.
Na sexta-feira, os três concorrentes finalistas, além de Saab, a Dassault, a francesa fabricante do Rafale, e a Boeing, que produz o F-18 Super Hornet, entregaram propostas renovadas, com condições melhores. O relatório final sobre a compra dos 36 aviões de combate para a Força Aérea (FAB) deve ser concluído ainda neste mês. Ontem, em Brasília, a Embaixada dos EUA divulgou nota reiterando a oferta feita para que opte pelo caça F-18 Super Hornet, fabricado pela Boeing.
A Suécia também pretende estabelecer uma parceria estratégica com o Brasil. Além de tentar uma associação na área de defesa, o acordo prevê outras áreas de cooperação: comércio exterior e investimentos, inovação e alta tecnologia e desenvolvimento sustentável. Os temas centrais da reunião de cúpula, no entanto, deverão ser ainda a crise econômica e os efeitos das mudanças climáticas.
Lula desembarcou na Suécia com mais um alvo para elevar a representatividade do Brasil. Pelo terceiro dia consecutivo, o presidente voltou a afirmar que o país está maduro para conseguir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU.
– Eu sei que está todo mundo muito alegre, foi uma conquista bonita (Olimpíadas de 2016), mas agora vamos ver se a gente tem outras conquistas. O Brasil precisa conquistar o Conselho de Segurança das Nações Unidas – disse Lula ao chegar ao sofisticado Grand Hotel.