Preço e fabrico no Brasil de 40% do caça
Numa tentativa desesperada para conseguir garantir a compra pela Força Aérea Brasileira de 36 caças para o programa de aquisições brasileiro conhecido como FX-2, a SAAB da Suécia apresentou aquela que é sua última proposta. Segundo a imprensa, a proposta implica que pelo menos 40% da aeronave Gripen «NG» será fabricada no Brasil.
A SAAB, que apresentou a proposta no passado Sábado também garantiu o acesso à tecnologia e ao núcleo dos sistemas vendidos, o que aliás também foi garantido por outros fabricantes.
Segundo os suecos, não há restrições à transferência de tecnologia, grande parte da aeronave será fabricada no Brasil e o preço final do Gripen, é extremamente competitivo.
O preço do caça Gripen, um mono-motor mais leve que os outros dois concorrentes tem um preço estimado em volta de 50 a 60 milhões de dólares, embora os preços nestes casos sejam sempre completamente dependentes do «pacote» de opções negociado.
Esta é vista como a última tentativa por parte da SAAB para garantir a vitória na decisão brasileira relativa ao processo de aquisição de caças que tem sofrido vários revezes e problemas de percurso.
Há duas semanas atrás o presidente brasileiro afirmou que a decisão já estava tomada, numa afirmação que posteriormente foi contestada pelos militares e pelo ministério da defesa.
Lula terá falado antes do tempo, dizendo que o Brasil tinha chegado a acordo dom a França e isso poderá colocar em causa a futura decisão, levando o programa FX-2 para os tribunais.
Não só a SAAB como os outros dois fabricantes, a francesa Dassault e a americana Boeing têm anunciado grandes facilidades no quesito de transferência tecnológica, embora segundo várias fontes a expressão «transferência de tecnologia» seja interpretado de forma completamente diferente consoante se trate dos fabricantes, do governo ou da Força Aérea..
Embora a preferência esteja com o Rafale e especialistas brasileiros na área da defesa apontem como praticamente inevitável a vitória da francesa Dassault, mesmo porque a não acontecer ela seria um tremendo desprestigio para o presidente Lula, a Saab apresenta alguns trunfos.
De entre esses destacam-se a integração com sucesso de radares de origem sueca nas aeronaves de vigilância aérea da Embraer, que ajudaram a empresa a colocar no mercado, um dos mais sofisticados sistemas do tipo.
FX-2: Última proposta da SAAB
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O Lockheed Martin F-35 Lightning II, caça de 5ª geração, é considerado a melhor plataforma de combate da atualidade principalmente por ascender verticalmente, sem a necessidade de muito espaço para o seu lançamento. Além de possuir um radar AESA de ultima geração, possui assinatura stelth para os radares inimigos, o que o torna um excepcional vetor para brilhar em qualquer força aérea mundial. Hoje faz parte da USAF e também da força aérea japonesa, estando presente nas forças aéreas da Holanda, Bulgária, Eslováquia, Canadá, etc...É um caça já testado em combates, extremamente versátil, de ótima manobrabilidade e possuindo características incomuns em relação aos vetores que se encontram em atividade. Seu custo de manutenção é menor em relação ao F-22 Raptor e se abstém de erros de engenharia em seu projeto, um ponto favorável perante tantos outros. É a tecnologia do futuro, uma conquista do século XXI que deu certo e ficará em nosso meio por um bom tempo. Uma saída menos dispendiosa seria o Boeing F/A F18 G Growler, uma versão high tech do velho Super Hornet, de 3ª geração. Como o Brasil anda na contramão com esse FX-2/3, já eliminou de cara o F-35 do programa de reaparelhamento da FAB e ficaram os três vetores de 2ª e 3ª gerações, o F/A F-18 Super Hornet, o JAS Gripen NG e o Rafale F-3, tecnologicamente muito inferiores. Não tenho a mínima noção dos parâmetros utilizados nessas escolhas, mas, certamente não partiram de um relatório sério de engenharia aeroespacial. A EADS italiana, juntamente com um consórcio europeu, fornece o Eurofighter Thyphoon 2020 que foi a sensação na guerra do Golfo e bastante utilizado pela Inglaterra como o guardião de seu território e, perto de um SAAB JAS Gripen NG, é como se comparássemos um BMW com um Fusca. Há um seríssimo risco do sucateamento da FAB perdurar, embora todos já saibamos que a mesma se encontra alijada de suas atribuições como guardiã de nossa soberania nacional há quase um século.
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