SÉRGIO DÁVILA E CLAUDIA ANTUNES
DE WASHINGTON
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
O governo dos EUA considera que a disputa pelo fornecimento de 36 aviões de combate ao Brasil não está encerrada e reiterou que a proposta da Boeing é "forte e competitiva".
"Entendemos que uma decisão final ainda não foi tomada", disse um porta-voz do Departamento do Estado, que afirmou que seu governo "apoia totalmente a venda" do F-18 e "aprovou a transferência de toda a tecnologia necessária".
No fim de semana, a Casa Branca comemorou o fim do último obstáculo para a transferência de tecnologia do F-18. Foi quando o Congresso dos EUA esgotou, sem levantar objeções, os 30 dias do prazo para rever a proposta de venda. "Vamos continuar a trabalhar com o Brasil em todos os aspectos da competição até uma comunicação formal sobre a decisão", disse Paulo Guse, diretor de comunicações da Boeing.
Pela proposta da Boeing, o° F-18 sairia 40% mais barato que o Rafale. Contra a oferta, pesa o temor de vetos ao pacote após mudanças na Casa Branca. A França é vista como fornecedor menos instável.
Analista do Center for International Policy, Adam Isacson diz que a opção pelo Rafale seria um "golpe significativo para a Boeing" e lembra que a indústria de armas dos EUA tem perdido espaço na América do Sul, com a Colômbia e o Chile como seus únicos clientes fiéis.