A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou uma lei estabelecendo que os acordos militares com a Rússia sejam secretos, depois que os Estados Unidos expressaram preocupação com as compras de armas russas feitas pelo presidente Hugo Chávez. A Lei de Proteção Mútua de Informação Classificada, aprovada pelos legisladores na quinta-feira, estará em vigor por cinco anos, sujeitos a prorrogação, e protegerá os detalhes da cooperação técnico-militar entre os dois países.
Também na quinta-feira, em entrevista ao apresentador Larry King, na CNN, Chávez criticou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, depois de ela afirmar que as compras de armas da Venezuela poderiam fomentar uma corrida armamentista na América Latina. Mesmo assim, Chávez disse que nem nos piores momentos da sua relação com o ex-presidente Bush ele cogitou cortar o fornecimento de petróleo aos EUA, e que não o faria no governo Obama.
Chávez argumentou que a Venezuela teve de recorrer a fontes alternativas para se defender, já que os EUA se negam a vender peças de reposição para equipamentos militares, como os caças F-16 fornecidos por Washington há três décadas, e hoje incapazes de voar.
O líder venezuelano disse ainda que o orçamento militar da Colômbia é 10 vezes superior ao da Venezuela, e criticou Obama pela decisão de instalar tropas em sete bases militares colombianas.
O presidente venezuelano negou que o Irã vá transferir tecnologia nuclear para a Venezuela.