em Berlim
O Irã tem capacidade para construir uma bomba atômica e realizar seu primeiro teste de detonação subterrânea em seis meses. Um agente do serviço secreto alemão diz que o Irã já domina totalmente o processo para o enriquecimento de urânio e conta com centrífugas suficientes para produzir material bélico.
Em entrevista à revista alemã "Stern", o agente, que não foi identificado, diz que o eventual teste se daria em condições similares aos realizados pela Coreia do Norte em 25 de maio.
Segundo relatórios da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o Irã já tem 7.000 centrífugas em sua usina de enriquecimento de urânio em Natanz. Até junho deste ano, 4.920 delas se encontravam em funcionamento.
Com esses recursos, os técnicos nucleares iranianos já podem ter enriquecido 1,3 tonelada de urânio em níveis de aplicação militar. O material é suficiente para produzir até duas bombas atômicas.
A "Stern" informa que o Irã trabalha de maneira acelerada no desenvolvimento de mísseis com capacidade para transportar ogivas nucleares e suficiente alcance para atingir alvos no continente europeu.
As fontes do serviço secreto alemão dizem que o programa de mísseis iraniano se concentra "exclusivamente" na construção de ogivas nucleares. Apesar do ritmo acelerado, ainda demorariam mais três anos para que o país obtivesse a tecnologia para armar seus mísseis de médio alcance com ogivas nucleares.
A "Stern" diz que os componentes para a construção desse tipo de míssil são adquiridos pelo Irã no mundo todo, até mesmo na Alemanha, mediante uma rede de empresas camufladas dirigidas pelo iraniano Said Mohammad Hosseinian, "um dos homens mais procurados do mundo" pelos serviços secretos ocidentais.
No mês passado, o parlamentar iraniano Ahmad Bozorgian afirmou que o país planejava instalar mais 84 mil centrífugas para aumentar sua produção de urânio enriquecido, a fim de manter a evolução de seu programa nuclear.
Em declarações à agência de notícias local Fars, o deputado disse que "existem planos para construir mais 52 mil [centrífugas] dentro do país". O governo iraniano afirma que seu programa nuclear é pacífico e reitera que não interromperá o enriquecimento de urânio.
Estados Unidos, Israel e vários países da União Europeia (UE) acusam o Irã de ocultar, sob seu programa nuclear civil, um suposto projeto militar cujo objetivo final seria a aquisição de um arsenal de armas atômicas, alegação que Teerã rejeita.
caminhamos para o pior, se as grandes potencias nao agirem já...
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