Cláudio Humberto
Não adiantam choro, nem vela: a decisão é sigilosa, mas o governo já fez opção pela proposta da França. Vai comprar 36 aviões caça para a FAB e, para a Marinha, quatro submarinos convencionais e a obra da Base Naval para construir um submarino nuclear de grande porte. O problema são os custos: só na Marinha, a proposta francesa é de 6,7 bilhões de euros, 4 bilhões mais cara do que a alemã, de € 2,6 bilhões.
O tamanho do lucro
A diferença de € 4 bilhões que o País pagará à França corresponde ao custo do estaleiro, da Base Naval e de pessoal do submarino nuclear.
Negócio fechado
O negócio entre o Brasil e a França poderá ser anunciado durante a visita do presidente Nicolas Sarkozy, em 7 de setembro.
Munição de guerra
Além de submarinos, a França venderá € 30 milhões em torpedos. E o Brasil pagará 450 milhões de euros pela transferência de tecnologia.
Convencimento
Aprovada pelo Alto Almirantado na Marinha, a oferta alemã (consórcio HDW/MFI) perdeu para a francesa (consórcio DCNS/Odebrecht).