Forças Terrestres
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Expedicionários Paranaenses retornaram à Pátria e iniciaram uma nova luta: arrecadar fundos para a construção da Casa do Expedicionário, através de promoções de festas, rifas e doações. A Casa do Expedicionário é um projeto do engenheiro Euro Brandão.
O MUSEU DO EXPECIONÁRIO é propriedade particular da Legião Paranaense do Expedicionário, orgão associativo dos ex-combatentes do Paraná que serviram na Força Expedicionária Brasileira (FEB), no 1 Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e na Marinha de Guerra do Brasil (MG), na II guerra mundial .
Sua existência começa em 20 de novembro de 1946 data da Legião Paranaense do Expedicionário, porém sua instalação só veio a ocorrer a partir de 15 de novembro de 1951, quando da inauguração da Casa do Expedicionário, sede própria da LPE.
Durante quase 30 anos, ou seja até 19 de dezembro de 1980, o MUSEU, até então denominado “TEN MAX WOLF FILHO”, em homenagem a um dos maiores heróis paranaenses da FEB, ocupou apenas uma das salas da Casa do Expedicionário, uma vez que a maior parte das instalações da sede da LPE era destinada aos serviços assistenciais (médico, dentário, jurídico) para os ex-combatentes e seus familiares, bem como a setores administrativos com obejtivos culturais, sociais e educativos. Parte das instalações destinava-se a acolher e hospedar, em quartos individuais, os companheiros em trânsito por Curitiba ou que aqui vinham para solução de seus problemas. À medida, porém, que os problemas dos ex-combatentes residentes no Paraná, e muitos deles até de Santa Catarina, foram sendo solucionados e reduzinho, consequentemente, a necessidade de maior espaço físico para àquelas finalidades, passou-se a cogitar a preservação da memória da FEB e do acervo histórico que se acumulara durante todos esses anos de exitência da Legião Paranaense do Expedicionário.
A Casa do Expedicionário, considerada monumento de valor histórico nos termos da Constituição Federal, situa-se na praça do Expedicionário, onde, representando as três Forças Armadas, estão locados: uma âncora, um carro de combate, e um avião Thunderbolt P-47D. Este, de fabricação americana, integrou o 1º Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira e particupou na Itália do maior número de missões, pilotado então pelo 1ºTEN. R-2 Alberto Martins Torres.
No alto da edificação uma escultura em pedra sabão de autoria de Humberto Cozza representa uma patrulha de infantaria em ação.
Na frente dos três mastros das bandeiras, uma lápide registra a homenagem da LPE aos vinte e oito veteranos paranaenses mortos em combate, com inscrição de seus nomes.
É, sem dúvida, um conjunto harmonioso e muito representativo, inclusive porque ali se ergue o altaneiro, um pinheiro, árvore símbolo do Paraná.
Assim, em 17 de agosto de 1978 resolveu a Diretoria da LPE, após consultados os associados em Assembléia Geral, construir um “anexo” destinado ao lazer, às reuniões e ao trato de interesses pessoais dos ex-combatentes das instalações existentes, visando adaptá-las à nova finalidade.
Com seus próprios recursos a LPE edificou o “anexo”, reformou as instalações e ampliou o MUSEU, juntando ao material até então existente, outros, doados mais recentemente pelos Ministérios Militares, por Governos e congêneres estrangeiros, em especial pelos próprios ex-combatentes, que a ele destinaram suas recordações de guerra.
A 29 de julho de 1980, foi firmado um convênio entre a Legião Paranaense do Expedicionário e a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, passando esta a responder pela admnistração, conservação, funcionamento, segurança e manutenção das insatalações e do acervo, continuando, todavia, sob domíno da LPE. Dessa forma, estão adequadamente assegurados, pelo próprio Governo do Estado, a perpetuidade da memória da FEB e o acervo do Museu, que transferirá às gerações futuras essa página da História do Brasil e sua participação na II Guerra Mundial.
A Legião Paranaense do Expedicionário é presidida atualmente pelo major Benur Augusto Muniz, recentemente reeleito para novo mandato. Durante a II Guerra Mundial ele serviu à FEB como terceiro sargento.
Reaberto ao público em sua nova fase em 19 de dezembro de 1980, o Museu do Expedicionário tem como obejtivos: preservar o acervo composto por objetos, documentos e fotos referentes à II Guerra Mundial; promover exposições de cunho educativo, mostrando os fatos históricos que culminaram com a II Guerra Mundial; pesquisar, coletar e guardar materiais e informações que interessem à ampliação e atualização do acervo.
Contém auditório, biblioteca e salas para exposições permanentes e temporárias.
Está aberto ao público de terça a sexta-feira das 10h às 12h e das 13h às 17h e aos sábados e domingos das 13h às 17h. Atende também visitação monitorada com agendamento prévio.