Marinha procura náufrago no litoral do Rio Grande do Sul há 3 dias
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Elder Ogliari, PORTO ALEGRE
As buscas pelo velejador argentino desaparecido na costa do Rio Grande do Sul foram infrutíferas ontem, pelo terceiro dia consecutivo. No fim da tarde, o serviço de Comunicação Social do Comando do 5º Distrito Naval, de Rio Grande, informou que o náufrago ainda não foi encontrado.
A operação de resgate é feita pelas tripulações da corveta Imperial Brasileiro e do navio de patrulha Babitonga, da Marinha, e de dois aviões da Aeronáutica. As embarcações que navegam pela área também estão avisadas para ajudar com informações ou no socorro do náufrago.
Segundo boletins do 5º Distrito Naval, um navio de bandeira panamenha que navegava a cerca de 90 quilômetros da costa gaúcha recebeu um chamado de socorro de um náufrago na tarde de segunda-feira. A tripulação tentou resgatar o navegador, que estava a bordo de um bote salva-vidas à deriva, mas foi impossibilitada pelas condições meteorológicas registradas no momento, com ventos de até 80 quilômetros por hora e ondas de 3 a 7 metros. Desde então, as buscas são coordenadas pelo Serviço de Salvamento e Resgate (Salvamar Sul).
VIAGEM
Na tarde de quarta-feira, a Marinha do Brasil recebeu da Argentina informações sobre a identidade do náufrago. Familiares avisaram às equipes de resgate brasileiras o desaparecimento de velejador Alberto Canessa, de 68 anos, quando navegava pela costa no sul do Brasil.
Também relataram que ele viajava sozinho em seu veleiro Maja, registrado no Iate Clube de Puerto Madero, em Buenos Aires.
Uma amiga de Canessa contou ao jornal Zero Hora que ele é viúvo, pai de cinco filhos, e morava em seu veleiro havia 12 anos. A viagem, iniciada no dia 24 de junho, tinha como destino o litoral brasileiro - a Marinha, porém, não confirmou a data de partida de Canessa da Argentina.
A primeira parada, de um mês, estava prevista para Angra dos Reis, no litoral do Estado do Rio. Depois, os planos do velejador era seguir para o Recife.
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