O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), vinculado à Casa Civil da Presidência da República, divulgou ontem, dia16, o repasse de mais R$ 16,4 milhões de reais para o Projeto Cartografia da Amazônia
Redação Jornal do Commércio AM
O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), vinculado à Casa Civil da Presidência da República, divulgou ontem, dia16, o repasse de mais R$ 16,4 milhões de reais para o Projeto Cartografia da Amazônia. Os recursos, relativos ao segundo trimestre do ano, foram destinados ao Exército (R$ 7,6 milhões), Marinha (R$ 5 milhões) e ao CPRM (Serviço Geológico do Brasil) (R$ 3,8 milhões), que realizam os trabalhos de campo do projeto. Deste total, R$ 10,8 milhões serão para o custeio das operações e R$ 5,6 milhões para investimentos necessários ao início de uma parte do trabalho, como a construção de navios e equipamentos para atualizar a cartografia náutica das principais hidrovias da região. Este ano o Sipam já repassou R$ 22,4 milhões para a execução dos trabalhos da Cartografia da Amazônia. Em 2008 foram destinados R$ 68,5 milhões ao projeto.
Responsável pela execução da cartografia terrestre, o Exército já coletou imagens de 339 mil quilômetros quadrados, uma área semelhante à do Estado de Goiás, na região conhecida como Cabeça do Cachorro, no Noroeste do Amazonas. Desse total, já estão em fase de processamento as imagens de 70 mil quilômetros quadrados. Isso permitirá elaborar a primeira carta-imagem do projeto, com informações sobre a altimetria da região (padrão do relevo, depressões, morros), identificação de rios e dados preliminares do terreno. Até a conclusão do projeto, vários produtos intermediários serão divulgados para subsidiar pesquisadores ou mesmo auxiliar na gestão pública.
Segundo o diretor de Produtos do Sipam, Wougran Soares Galvão, até o final de julho também devem ser divulgadas as primeiras cartas dos levantamentos aerogeofísicos elaborados pelo Serviço Geológico do Brasil. Os resultados do trabalho devem identificar áreas com potencial para futuro aproveitamento de reservas minerais. Em relação à Marinha, Galvão destacou que os recursos destinados à instituição garantirão o cumprimento de todos os prazos na construção dos navios que serão utilizados para produzir as cartas náuticas. Lançado em 2008, o projeto deve concluir em cinco anos as cartografias terrestre, geológica e náutica da Região Amazônica.
Neste período, o governo federal investirá R$ 350 milhões. O principal objetivo é acabar com os vazios cartográficos na região e contribuir para o desenvolvimento e proteção da Amazônia. As cartografias vão auxiliar no planejamento e execução dos projetos de infra-estrutura como rodovias, ferrovias, gasodutos e hidrelétricas, além da demarcação de áreas de assentamentos, áreas de mineração, agronegócio, elaboração de zoneamento ecológico, econômico e ordenamento territorial, segurança territorial, escoamento da produção e desenvolvimento regional. As informações ainda ajudarão no conhecimento da Amazônia brasileira e na geração de informações estratégicas para monitoramento de segurança e defesa nacional, em especial nas fronteiras. O Sipam coordena o Projeto e os executores são o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e o Ministério de Minas e Energia, através da CPRM.