Pacote militar inclui ainda outros itens
EFE
O Brasil venderá à Guatemala seis aviões Super Tucano da Embraer, equipamento de navegação aérea e radares no valor de US$ 99 milhões, informou hoje o presidente guatemalteco, Álvaro Colom.
O chefe do Estado guatemalteco explicou que a compra foi possibilitada através de um empréstimo cujos termos foram acertados na segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião de trabalho no Palácio Nacional da Cultura, dentro da visita oficial de 24 horas que o governante brasileiro fez à Guatemala.
O empréstimo para o financiamento dos aviões e equipamentos de navegação aérea, explicou Colom, terá um prazo de 12 anos e uma taxa de juros “baixa”, a qual não especificou.
Segundo o presidente guatemalteco, o processo de assinatura formal do acordo de compra, o empréstimo e a entrega das naves e equipamentos poderiam levar até 18 meses.
As aeronaves e equipamentos brasileiros permitirão à Guatemala ter um melhor controle do espaço aéreo do país para combater o tráfico de drogas, crime organizado e outras ameaças como catástrofes naturais.
Estes Super Tucanos deverão substituir os poucos A-37B que restaram em atividade naquela força aérea. A Guatemala recebeu 13 jatos A-37 entre 1971 e 1975. Estes jatos são operados pelo Escuadrón de Aviones de Ataque ‘Quetzales’, baseado em La Aurora.
Acredita-se que apenas três deles estejam em condições de voo. Caso a venda se confirme, este será mais um país a substituir os A-37 pelos Super Tucanos, confirmando o prognóstico feito pelo Poder Aéreo de que a aeronave da Embraer é a melhor opção para os usuários de ‘Dragonfly’.
Além disso, esta compra abre espaço para a Guatemala substituir, num futuro não muito distante, seus Pilatus PC-7 (forte concorrente da versão inicial do Tucano) no treinamento dos seus pilotos pelo próprio Super Tucano. Assim, existiria a possibilidade da compra de mais um esquadrão. Os Pilatus foram adquiridos em 1979 e dos doze exemplares iniciais somente oito estão em atividade.