A Coréia do Norte disse que poderá testar novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) e realizar testes de armas nucleares, a menos que o Comitê de Sanções da ONU peça desculpas em função da tomada de decisões que Pyongyang considera uma violação de sua soberania.
Em 24 de abril, a comissão da ONU proibiu operações com três organizações da Coréia do Norte: Companhia de Desenvolvimento Mineiro da Coréia do Norte, Korea Ryonbong General Corporation e Banco Comercial Tanchon - e exortou os Estados membros da ONU para congelar os ativos das duas últimas empresas. Essas sanções foram propostas após o lançamento de um foguete supostamente do tipo ICBM pela Coréia do Norte em 5 de abril, apesar das alegações do governo daquele país de que seria um veículo lançador de satélites.
Numa declaração oficial liberada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano em 29 de abril, o Comitê de Sanções da ONU foi acusado de ter "violado a soberania da República Popular Democrática da Coréia do Norte”. A declaração denunciou as ações da comissão como "provocações ilegais". “Se a ONU não fizer uma declaração de desculpas imediata, a Coréia do Norte será obrigada a tomar novas medidas de auto-defesa, a fim de defender os seus interesses supremos” informou a declaração. “As medidas incluirão testes nucleares e testes de disparo dos mísseis balísticos intercontinentais" acrescentou a nota.
Informações seguras sobre o nível atual de tecnologia de mísseis intercontinentais norte-coreanos puderam ser obtidas pela tentativa não confirmada do país asiático de lançar um satélite utilizando um foguete Taepodong 2. Embora a Coréia do Norte tenha anunciado que colocou com sucesso um satélite de comunicações Kwangmyongsong 2 em órbita, o Comando Militar do Norte dos Estados Unidos (USNORTHCOM) informou no mesmo dia do lançamento que, apesar do veículo lançador ter sido disparado, não foi registrado nenhum novo satélite em órbita.