A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), anunciou ontem que “dentro de algumas semanas” assinará convênio com a Força Aérea Brasileira (FAB) para utilização compartilhada do espaço da Base Aérea de Santos, em Vicente de Carvalho. A medida permitirá que, além das atividades militares (exclusivas até então), o local passe também a ser explorado com fins comerciais, a partir da implantação de um aeroporto civil de caráter metropolitano.
Para que a iniciativa se concretize, porém, a Prefeitura terá que arcar com uma série de custos financeiros, estimados em R$ 20 milhões. Essa verba, segundo Maria Antonieta de Brito, será destina à construção de novas instalações para a Aeronáutica e serviços de melhorias e readequação dos próprios existentes no local.
“Já estudamos o convênio e, em breve, a gente deve celebrá-lo. Finalizado e pactuado o que cada um tem de responsabilidade, o negócio é começar as obras. Será o início efetivo”, disse a prefeita, que quer atrair para Guarujá voos de negócios turísticos e, principalmente, helicopteros, com o objetivo de atender à Petrobras nas atividades do pré-sal e na rede hoteleira do Municipio. Ela disse que a Cidade está localizada em ponto estratégico, central, entre os campos de Merluza e Mexilhão, o que pode servir de apoio às plataformas da estatal na Bacia de Santos. Amparada nessa tese, defende a criação de uma “Linha Petroleira Aeroportuária” interligando a Base Aérea de Santos aos demais aeroportos que prestam serviços à estatal.
OTIMISMO
“Pactuado o que cada um tem de responsabilidade, o negócio é começar as obras”
“Guarujá está preparada e amadurecida para dar suporte essa atividades na Baixada Santista”, sinalizou a prefeita, que tem mantido contado com dirigentes da empresa e aguarda por uma posição em relação ao assunto.
PETROBRAS
Em coletiva à imprensa no seminário Gás na Economia, promovido por A Tribuna, durante esta semana, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a utilização da Base Aérea de Santos “é uma das possibilidades a ser estudada (para a exploração da Bacia de Santos), principalmente por dar apoio logísitico às bases da empresa”.