Para Jobim, LAAD 2009 aproximou indústrias nacional e estrangeira para formação de joint-ventures
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Rio de Janeiro, 22/04/2009 – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, que a LAAD 2009 – Latin America Aero&Defence, feira de defesa e segurança realizada no Riocentro na semana passada, permitiu a aproximação da base industrial de defesa com indústrias estrangeiras para a formação futura de joint venturas e alianças comerciais.
“A LAAD mostrou realmente que você tem um potencial imenso, as negociações começaram. E o Ministério da Defesa lançará, até o final de junho, a política para a indústria nacional de defesa que assegurará o desenvolvimento do setor”, disse o ministro a jornalistas após participar de cerimônia em comemoração ao Dia da Aviação de Caça, realizada na Base Aérea de Santa Cruz. Segundo a empresa Clarion Events, organizadora da LAAD, a feira teve um público recorde de 18,2 mil visitantes e 336 empresas participantes, sendo 93 brasileiras
Segundo o ministro, o detalhamento de ações de estímulo à indústria de defesa e a discussão da legislação que deverá alterar as estruturas do Ministério da Defesa, ambas previstas na Estratégia Nacional de Defesa, serão os principais pontos da agenda do Ministério da Defesa até o final de 2009.
Jobim fez um balanço dos três principais projetos para compras de equipamentos envolvendo as Forças Armadas e que estão em andamento neste momento: o projeto FX-2, a fabricação de 50 helicópteros para as Forças Armadas e o submarino nuclear. De acordo com ele, o mais adiantado é o processo de compra dos helicópteros. “Temos a decisão das compras dos helicópteros fabricados no Brasil. A Helibrás já encomendou, vamos ter várias empresas envolvidas e tudo produção no Brasil”, destacou Jobim. Ele informou que várias partes dos helicópteros serão fabricadas no Brasil, como as turbinas que serão fabricadas pela nacional Turbomeca.
Em relação ao projeto de construção, no Brasil, de quatro submarinos convencionais do tipo Scorpène, movidos a propulsão diesel-elétrica, e o desenvolvimento do projeto, bem como a construção, de um submarino movido a propulsão nuclear, segundo Jobim, está na fase de análise dos financiamentos. O projeto é resultado de acordo estratégico assinado com a França e terá um custo de 6 bilhões de euros em 25 anos. “Já há decisões tomadas, como, por exemplo, a base dos submarinos, o estaleiro, será construído no Rio de Janeiro, em Itaguaí”, disse Jobim.
Sobre o projeto FX-2, que a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira, o ministro afirmou que a decisão política do governo deverá ser tomada em agosto. “Aí decidiremos finalmente quais serão os aviões porque não é compra, é construção no Brasil com transferência de tecnologia”, explicou. Segundo Jobim, os representantes da Força Aérea já estiveram na Suécia, França e Estados Unidos, países de origem dos aviões que disputam a reta final da concorrência, respectivamente Grippen, Rafale e o F-18, e examinaram os aviões. “A Força Aérea prevê ter uma definição para a análise do governo lá por agosto deste ano”, disse o ministro.
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