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06 abril 2009

Obama defende na Europa mundo sem armas nucleares

Presidente quer realização de uma cúpula mundial sobre desarmamento e formas de evitar disseminação



PRAGA. Diante de uma multidão de 30 mil pessoas na capital tcheca - onde estava para uma reunião de cúpula com a União Europeia e teve recepção de superstar - o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um forte apelo pela redução das armas atômicas no mundo e propôs a realização de uma cúpula mundial para discutir formas de se conter a disseminação desse tipo de arma.

- Os Estados Unidos, como única potência nuclear a ter usado a arma nuclear, tem a responsabilidade moral de atuar - disse Obama, referindo-se às bombas atômicas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki que puderam fim à Segunda Guerra Mundial em 1945. - Não podemos ter êxito fazendo este esforço sozinhos, mas podemos liderá-lo.

Obama, que também propôs um novo tratado para pôr fim à produção de matéria-prima para armas nucleares, disse que apesar de sua meta provavelmente não ser atingida até o fim da sua vida, ele vai perseguir esse objetivo. O presidente americano disse, ainda, que enquanto o Irã continuar sendo visto como uma possível ameaça nuclear, os EUA continuarão trabalhando no polêmico escudo de defesa antimísseis, que seria instalado em partes da Polônia e da República Tcheca.

- A existência de milhares de armas nucleares é o legado mais perigoso da Guerra Fria. Hoje a Guerra Fria desapareceu, mas milhares de armas não. Vou trabalhar para reduzir o estoque nuclear americano e peço que outros países sigam o exemplo. Mas enquanto houver ameaça, os Estados Unidos manterão sua capacidade nuclear - disse o presidente. - Não sou ingênuo, a meta não será atingida rapidamente, pode ser que eu não a veja ser atingida em vida. Alguns dizem que a propagação destas armas não pode ser detida, este fatalismo é um adversário mortal.

Material nuclear nas mãos de terroristas é maior preocupação

O presidente afirmou que seu governo trabalhará para fazer com que o Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares seja cumprido. O acordo bane todas as explosões nucleares, mas não foi ratificado pelos Estados Unidos e pela China, e não foi assinado por Paquistão e Índia.

A maior ameaça à segurança global, segundo Obama, é a possibilidade de armas nucleares caírem nas mãos de grupos terroristas.

- Um terrorista com arma nuclear poderia provocar destruição em massa - afirmou. - A al-Qaeda disse que quer uma bomba. E que não teria problema em usá-la. E nós sabemos que existe material nuclear inseguro pelo planeta.

Durante o discurso, o presidente americano também anunciou um novo esforço para eliminar em quatro anos o mercado negro de materiais nucleares, e que está empenhado em formalizar até o fim do ano com a Rússia o acordo de reduções do arsenal nuclear dos dois países. O acordo foi anunciado por Obama e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, durante a cúpula do G-20 em Londres.

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