Na abertura da LAAD 2009, Jobim afirma que objetivo do Brasil é buscar parcerias na área de defesa e fortalecer integração com América do Sul
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Cristiana Nepomuceno
Rio de Janeiro, 14/04/2009 - O Brasil quer se apresentar ao mundo como um parceiro no desenvolvimento de produtos de defesa e não mais como mero comprador de equipamentos. E é objetivo do país fortalecer a parceria com os vizinhos da América do Sul. Essa foi a direção apontada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em discurso feito nesta terça-feira (14/04) durante a abertura da feira LAAD 2009 – Latin America Aero e Defence, que se realiza até o dia 17, sexta-feira, no Riocentro, Rio de Janeiro. “O Brasil não se apresenta ao mundo como comprador, o Brasil se apresenta ao mundo como parceiro. Neste ponto somos arrogantes. Não podemos pensar pequeno. Temos de pensar grande e pensar grande significa pensar junto com a América do Sul”, destacou o ministro.
O ministro frisou que um dos eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em dezembro pelo presidente da República e que define novas diretrizes para a atuação das Forças Armadas, é reorganização da indústria de material de defesa para assegurar o atendimento das necessidades de equipamentos das Forças Armadas. “Com o propósito de desenvolver a capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa nacionais, serão buscadas parcerias com outros países”, destacou Jobim.
Segundo ele, sempre que possível essas parcerias serão construídas como expressões de associação estratégica mais abrangente entre o Brasil e o país parceiro. Essa associação será manifestada em colaborações de defesa e de desenvolvimento e pautada por duas ordens de motivações básicas: a internacional e a nacional.
“A motivação de ordem internacional será trabalhar com o país parceiro em prol de um maior pluralismo de poder e de visão no mundo. A motivação de ordem nacional será contribuir para a ampliação das instituições da economia de mercado e aprofundar a democracia, organizando o crescimento econômico socialmente includente. O método preferido desse trabalho é o dos experimentos binacionais: as iniciativas desenvolvidas em conjunto com os países parceiros”, afirmou o ministro. De acordo com Jobim, a visão de futuro projetada para o Brasil na área de defesa é a auto-suficiência nos processos de concepção, projeto, industrialização, produção e inovação tecnológica.
Jobim disse também que foi com o objetivo de fortalecer a integração entre os países sul-americanos que o governo brasileiro trabalhou para a criação do Conselho Sul Americano de Defesa, instalado oficialmente em janeiro deste ano. “Esse é o compromisso do Brasil com a América do Sul, para que a região possa ter uma voz ativa e permanente no mundo”. De acordo com o ministro, a integração das bases industriais de defesa é um dos objetivos que deve ser buscado pelo Conselho.
Também participaram da cerimônia da abertura da LAAD os Comandantes da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, do Exército, Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, Juniti Saito, e todos os secretários do Ministério da Defesa.
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