Caças usados podem inundar o mercado, cancelando programas como o FX-2
Poder Aéreo
O secretário de defesa dos EUA Robert Gates propôs um corte dramático no poder tático da USAF. Esta seria a maior mudança desde o final da Guerra Fria, ocorrido no início da década de 1990. Caso seja confirmado, centenas de caças serão varridos do inventário da USAF dando lugar a um aumento grande da frota de UAV/UCAV.
F-22 Raptor | Reprodução |
A principal mudança seria o congelamento do programa do F-22A , depois de 189 aeronaves construídas. Outras modificações incluiriam a retirada de 250 caças (entre F-16 e F-15) dos modelos mais antigos.
A própria USAF propôs a aposentadoria de cerca de 300 caças no final do ano passado, desde que novas unidades de F-22 fossem produzidas. Mas os planos do secretário parecem mais radicais.
Gates pretende salvar apenas a produção do Lockheed F-35, atualmente cotada em 2443 aeronaves. Segundo sua proposta, a produção inicial de 14 aeronaves para este ano seria elevada para 30 no ano seguinte e em seis anos os EUA contariam com 513 F-35.
Segundo o Poder Aéreo, independentemente da decisão final, tudo indica que um grande número de aeronaves usadas da USAF estará disponível para estoque no AMARG ou eventual repasse para aliados dos EUA por valores bastante atrativos.
Mesmo que estes aviões possuam pouco mais de 10 anos de vida útil, eles podem ser repassados para algumas forças aéreas que necessitam trocar seus equipamentos urgentemente. Um destes exemplos seria a própria Força Aérea da Argentina, cujos vetores de alta performance (Mirage III, V e Finder) aproximam-se rapidamente dos quarenta anos.
Planos como estes podem derrubar projetos como o FX-2. Em momentos de crise financeira mundial, seria fácil justificar para a grande população a economia de divisas com a aquisição de caças usados no lugar de unidades novas e caras. Mas, como sempre, tudo tem o seu preço.