IGOR GIELOW
DO ENVIADO À SUÉCIA
A Suécia aposta no marketing de inovação tecnológica e na parceria entre sua indústria e a Embraer na atual fase de negociações do F-X2. "Precisamos de parcerias.
Só os EUA podem fazer sozinhos desenvolvimentos no futuro. A Suécia tem o histórico de inovação e tem interesse em desenvolver tecnologias conjuntas com países como o Brasil e a Índia", disse o presidente da Saab, Ake Svensson, citando dois países em que o Gripen foi apresentado em competições. Sem esses dois contratos, o futuro do Gripen está ameaçado, já que um potencial parceiro importante, a Noruega, descartou o avião recentemente, assim como a Holanda deverá fazer.
Para mostrar comprometimento, o governo sueco colocou cerca de US$ 40 milhões no Gripen NG este ano, mas o montante é insuficiente. A meta atual é substituir a frota de modelos A/B, a primeira geração do avião, pelos mais atuais C/D até 2014 - daí para frente, o programa NG (de nova geração) é uma incógnita.
Svensson usa como exemplo de parceria o desenvolvimento do R-99A, o avião-radar de alerta antecipado que a Embraer forneceu à FAB a partir de 2002. Operando na região amazônica, o R-99A usa um radar sueco, o Erieye, que hoje é feito pela Saab.
Em sua proposta comercial, os suecos tentam vender a ideia de que é possível repetir na indústria Aeronáutica brasileira algo do modelo dos 13 parques de ciência que o país tem. Reunidos em torno de uma empresa forte e uma comunidade acadêmica, esses parques têm incentivo oficial para incubar empreendimentos pequenos e médios que podem vir a ser fornecedores de tecnologia.
O jornalista IGOR GIELOW viajou à Suécia a convite da Saab