A Coreia do Norte já posicionou, nesta quarta-feira, o míssil militar Taepodong-2 em uma plataforma de lançamento na sua costa leste, no primeiro sinal efetivo de preparação para o lançamento de um satélite de telecomunicações anunciado para entre 4 e 8 de abril deste ano, informa a agência japonesa Kyodo. O lançamento é criticado por Estados Unidos e Coreia do Sul como disfarce para o teste de um míssil de longo alcance que poderia atingir até mesmo o Alasca.
A informação não foi confirmada pelo Pentágono. "Eu não posso comentar assuntos de inteligência específicos", disse o coronel americano Gary Keck, porta-voz da instituição.
A Coreia do Norte anunciou em fevereiro sua intenção de lançar um satélite de telecomunicações. Em 1998, Pyongyang já havia provocado atritos com Tóquio ao disparar um foguete -- que disse ser um satélite -- que passou sobre o território japonês e caiu no Pacífico. Em 2006, o regime lançou um míssil Taepodong 2 que explodiu no ar menos de um minuto após o lançamento.
O diretor de Inteligência Nacional dos EUA, Dennis Blair, afirmou no início deste mês, contudo, que tudo indicava que a Coreia do Norte vai efetivamente lançar um satélite.
Os poderes regionais e os EUA afirmam que o lançamento norte-coreano é uma violação da sanção do Conselho da ONU (Organização das Nações Unidas) que proíbe o país de fazer testes balísticos.
Analistas apontam que a Coreia do Norte precisa sete a dez dias para se preparar para o lançamento de míssil. Com o míssil na plataforma de lançamento, os satélites espiões internacionais podem acompanhar o lançamento.
Pyongyang afirmou em 24 de março passado que qualquer tentativa do Conselho de Segurança da ONU de interceptar o lançamento do satélite iniciará uma guerra e será o passo efetivo para o fim das conversas internacionais pela desnuclearização do país.
Com agências internacionais