Vasconcelo Quadros
Assim como o Exército e a Marinha, que estão desconcentrando suas estruturas no Sul do país e no Rio de Janeiro para reforçar o controle da Amazônia, a Força Aérea Brasileira também está se adequando ao novo Plano de Defesa Nacional. Um esquadrão inteiro do Recife, formado por cerca de 200 militares e 12 helicópteros de ataque, será deslocado este ano para base de Porto Velho, seguindo a mesma estratégia de ocupação da região. Os 12 MI 35, comprados da Rússia, seguirão direto para Rondônia, e não mais para Pernambuco, como havia sido planejado inicialmente. O Comando da Aeronáutica planeja remanejar outras unidades para reforçar a base de Manaus, dentro do projeto de desconcentração geográfica das três forças.
No Nordeste, a esquadra que estava na base de Fortaleza, está sendo deslocada para Natal. Estratégicas na defesa Aérea pela proximidade de Brasília e no desenvolvimento da indústria bélica, as bases de Anápolis, em Goiás, e São José dos Campos, em São Paulo, deverão ser expandidas. A prioridade do plano Estratégia de Defesa Nacional, apresentado pelos ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Roberto Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, e assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do ano passado, é reforçar a estrutura das Forças Armadas na Amazônia - onde o contingente saltará de 17 mil homens para 25 mil - nas áreas de fronteira e nas regiões onde se localizam a camada pré-sal. Exército, Marinha e Aeronáutica vêm executando um criterioso projeto de remanejamento.