Susan Cornwell
WASHINGTON (Reuters) - O Senado norte-americano expressou nesta quinta-feira um forte apoio à guerra de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza, clamando por um cessar-fogo que previna o Hamas de disparar mais foguetes contra Israel.
O Senado concordou, em votação oral, com uma resolução não vinculante (de cumprimento não obrigatório) apoiada pelos líderes dos partidos democrata e republicano na Câmara.
"Quando essa resolução for aprovada, o Senado dos Estados Unidos irá fortalecer a ligação histórica com o Estado de Israel, reafirmando o direito inalienável de Israel de se defender dos ataques de Gaza, assim como o nosso apoio ao processo de paz entre israelenses e palestinos", disse o líder da maioria no Senado Harry Reid, um democrata do Estado de Nevada, antes de votar.
Apontando que Israel tinha como objetivo conter os ataques de foguetes do Hamas em suas cidades do sul, Reid disse: "Eu peço que meus colegas imaginem o que acontece lá, aqui nos Estados Unidos. Foguetes e morteiros vindos de Toronto, no Canadá, para Buffalo, no Estado de Nova York. Como nós, como um país, iríamos reagir?".
O líder da minoria no Senado Mitch McConnell, um republicano de Kentucky, disse antes do voto: "Os israelenses ... estão respondendo exatamente da mesma maneira que responderíamos".
A Câmara dos Deputados deverá aprovar uma resolução semelhante.
A resolução do Senado encoraja o presidente dos EUA, George W. Bush, a "trabalhar ativamente para apoiar um acordo de cessar-fogo durável, executável, e sustentável em Gaza o mais rápido possível, prevenindo o Hamas de reconstruir sua capacidade de lançar foguetes ou morteiros em Israel", disse Reid.
A resolução também expressa um comprometimento "firme" ao bem-estar de Israel, e reconhece seu direito de agir em sua defesa para proteger seus cidadãos contra atos de terrorismo, disse. "Ela permite a melhora a longo prazo das condições de vida das pessoas comuns em Gaza", disse.
Os palestinos enfrentavam condições ainda mais sombrias em Gaza na quinta-feira, depois que uma agência humanitária da ONU suspendeu seus trabalhos, dizendo que seus funcionários corriam riscos devido às forças de Israel, depois que dois motoristas foram mortos.
O número de palestinos mortos no conflito de 13 dias já superou 700. Pelo menos 11 israelenses foram mortos, oito deles eram soldados, incluindo quatro que morreram por "fogo amigo".