O bombardeio, em Zeitoun, um bairro no sudeste da Cidade de Gaza, ocorreu no dia 5 de janeiro e matou cerca de 30 pessoas. Israel afirma que as acusações estão sendo investigadas.
O Escritório da ONU para Questões Humanitárias (OCHA, na sigla em inglês) cita testemunhas que presenciaram o fato e afirma que este foi "um dos incidentes mais graves" desde o início da ofensiva.
"Segundo várias testemunhas, no dia 4 de janeiro soldados israelenses evacuaram aproximadamente 110 palestinos (metade destes, crianças) e os levaram para uma única residência em Zeitoun, afirmando que eles deveriam permanecer em casa", informou o escritório da ONU no relatório.
"Vinte e quatro horas depois, forças israelenses bombardearam a casa várias vezes, matando aproximadamente 30 pessoas."
Segundo a ONU, os que sobreviveram e ainda conseguiam andar caminharam dois quilômetros para a estrada principal de ligação entre o norte e o sul da cidade para conseguir transporte para o hospital mais próximo em veículos civis.
"Três crianças, a mais nova delas com cinco meses de idade, morreram na chegada ao hospital", segundo o relatório.
Cerca de 770 palestinos e 14 israelenses morreram durante as quase duas semanas da ofensiva aérea e terrestre de Israel contra o grupo militante palestino Hamas.
O Conselho de Segurança da ONU pediu um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.