em Teerã
O ministro de Assuntos Exteriores do Irã, Manouchehr Motakki, exigiu neste domingo a retirada total das tropas israelenses da faixa de Gaza, por considerar insuficiente o cessar-fogo unilateral declarado -- e já rompido por Israel.
"É essencial que as forças sionistas se retirem completamente das zonas ocupadas. Uma mera interrupção dos ataques por terra, mar e ar não é suficiente para pôr fim aos combates", disse Motakki em declarações veiculadas pela rede de TV iraniana PressTV.
A retirada total das tropas israelenses em Gaza é uma das exigências -- junto à abertura das passagens fronteiriças -- do movimento islâmico radical Hamas para aceitar a trégua de Israel. O grupo "[declarou]" vitória neste domingo pela trégua proposta por Israel, uma medida considerada pelos militantes palestinos como a confirmação da derrota da grande ofensiva militar do país na região, que, em 23 dias consecutivos de ataque, deixou ao menos 1.160 palestinos mortos e cerca de 5.000 feridos.
Israel declarou um cessar-fogo unilateral a partir das 2h deste domingo (22h deste sábado (17), no horário em Brasília), que rompeu seis horas depois ao lançar ataque a um grupo de militantes palestinos em Khan Yunis. Segundo um porta-voz do Exército israelense, helicópteros abriram fogo esta manhã em resposta "a uma provocação" de um grupo de milicianos que teria disparado contra as tropas.
O chefe da diplomacia iraniana também disse que a decisão israelense de deter os ataques é "uma prova a mais do fracasso dos objetivos sionistas" e outra mostra de que "a vitória está no lado do povo palestino".
Na opinião de Motakki, só a abertura das passagens fronteiriças e a retirada definitiva das tropas israelenses "podem asfaltar o caminho e permitir o fim das hostilidades". O Irã é considerado grande inimigo de Israel na região. O presidente iraniano, Mamhoud Ahmadinejad já ameaçou riscar o país do mapa.