Irã diz estar disposto a "qualquer medida" para interromper ataques a Gaza

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em Teerã

O governo do Irã disse estar disposto a utilizar "qualquer medida política e econômica" contra Israel e os países que o apoiam para conseguir o fim dos ataques contra a faixa de Gaza, que entraram nesta segunda-feira no seu décimo dia consecutivo com um saldo de mais de 500 mortos e cerca de 2.500 feridos.

"O Irã adotará qualquer medida política e econômica contra o regime sionista, e contra os países que o apoiam, para impedir a continuação dos crimes [em Gaza]", disse Hassan Ghashghavi, porta-voz do Ministério de Exteriores iraniano, em declarações citadas pela agência local Isna.

Ghashghavi fez a declaração em resposta as afirmações feitas neste domingo (4), por um general iraniano que propôs aos países muçulmanos que cortem o fornecimento de petróleo às nações que apoiam Israel, em represália aos ataques contra alvos do grupo islâmico radical Hamas.

O porta-voz do ministério disse que o governo apoia medidas adequadas para conseguir o fim dos ataques contra Gaza e a suspensão do bloqueio sofrido pelo território palestino há um ano e meio --uma das exigências do Hamas para aceitar um acordo de cessar-fogo.

"No Irã, estamos dispostos a agir para tornar realidade estes passos", disse Ghashghavi, que pediu ao governo do Egito que "cumpra sua obrigação histórica e moral a respeito do povo de Gaza", em referência à decisão do Cairo de manter fechada a passagem fronteiriça de Rafah, a única que liga Gaza ao exterior.

"Levando em conta o passado histórico do Egito [...] e sua luta contra o regime sionista em 1973, o mundo espera que este país cumpra seus compromissos históricos para ajudar as pessoas em Gaza", disse.

Ghashghavi afirmou ainda que o ministro de Assuntos Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, enviou uma carta ao chefe da diplomacia egípcia, Ahmed Aboul Gheit, na qual ressalta a disposição do Irã de estabelecer um hospital de campanha perto da fronteira com Gaza.

O Egito foi quem mediou o último acordo de trégua de seis meses assinada entre Israel e o Hamas, que acabou oficialmente no último dia 19.

Segundo Israel, a ofensiva militar é justamente uma resposta à violação -- com o lançamento constante de foguetes -- do Hamas desta trégua. Embora haja pressão internacional para um novo cessar-fogo, ambas as partes não se mostraram dispostas a assinar um acordo.

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