A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, disse nesta quinta-feira (01/01), em Paris, que não há necessidade de uma trégua por motivos humanitários na Faixa de Gaza por não haver crise humanitária na região.
"Nessa operação, Israel diferencia a guerra contra o terrorismo, contra os membros do Hamas, da população civil. Ao agir dessa forma, mantemos a situação humanitária na Faixa de Gaza absolutamente como ela tem de ser", completou Livni, que se reuniu com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para debater o recente conflito na Faixa de Gaza.
Livni também repetiu a rejeição, por parte de Israel, do pedido de cessar-fogo feito pela União Europeia e disse que a decisão sobre o fim dos ataques será tomada quando chegar o momento. Ela afirmou que Israel está provocando mudanças na Faixa de Gaza ao atacar o Hamas e apoiar palestinos moderados.
"Afetamos a maior parte da infraestrutura do terrorismo na Faixa de Gaza e a questão de quando é suficiente dependerá de uma avaliação diária", afirmou.
Pressão por cessar-fogo
A pressão internacional para que Israel cesse os ataques contra a Faixa de Gaza é cada vez maior. Também o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, apelou a Livni para que responda de forma "construtiva" aos esforços da Liga Árabe em favor de um cessar-fogo.
Durante uma conversa telefônica com a ministra, Steinmeier expressou sua preocupação com a continuidade dos ataques, afirmou o Ministério alemão das Relações Exteriores. Steinmeier teria dito a Livni que o endurecimento da ação militar prejudica os esforços de paz feitos por países árabes.
Já o primeiro-ministro da República Tcheca, Mirek Topolanek, confirmou que seu país, que assumiu a presidência rotativa da União Européia (UE), organizará uma missão de paz no Oriente Médio.
Ele acrescentou que a missão será formada pelo alto representante para a Política Externa e de Segurança Comum da UE, Javier Solana, pela comissária de Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, pelo ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, e pelos chefes das diplomacias francesa e sueca.
Sarkozy vai ao Oriente Médio
Já Sarkozy prevê viajar na próxima segunda-feira ao Oriente Médio. No Cairo, ele quer falar com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, com quem preside a União para o Mediterrâneo. A ideia francesa é que Mubarak atue como mediador entre Israel e palestinos.
Depois, Sarkozy se reunirá com o presidente palestino, Mahmud Abbas, e o com o primeiro-ministro isralense, Ehud Olmert. Estão previstas ainda reuniões com líderes em Damasco, na Síria, e em Beirute, no Líbano.
Segundo o jornal Le Monde, Sarkozy tentará negociar sobre as bases do cessar-fogo pedido pela União Europeia e proporá a presença de observadores da Liga Árabe ou do Egito em Gaza.
Esse comentário da ministra israelense diz tudo sobre como Israel vê os palestinos. É assim que devem viver, sob essas condições desumanas, segundo ela. E o mundo, dominado economicamente pelos judeus, não se manifesta, a não ser por palavras vazias, sem ação, sem atitude, sem vontade nenhuma de mudar a situação. Essa é a podre política mundial. Assim caminha a humanidade.
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