Geórgia Moraes
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou ontem aos líderes partidários e ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, o Plano de Defesa Nacional. O plano vai exigir mudanças na legislação e, portanto, a aprovação de alguns projetos de lei pelo Congresso. São três os eixos principais do plano: a reestruturação das forças armadas; a indústria de defesa nacional; e o serviço militar obrigatório.
O documento deve ser apresentado ao Conselho Nacional de Defesa até o fim do ano e os projetos prevendo modificações em leis ou propondo novas leis vão ser encaminhados ao Congresso no ano que vem.
Tecnologia - O líder do PT, deputado Maurício Rands (PE), assinala que não se trata de um plano deste governo, mas de longo prazo. “É estratégico para o Estado brasileiro dotar as Forças Armadas de mais tecnologia, de mais autonomia e de mais adaptabilidade para proteger todo território nacional, inclusive viabilizando a extensão de nossa costa de 200 milhas para 350 milhas. Isso é algo que está sendo tratado no âmbito das Nações Unidas.”
O Líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN) disse que Jobim tratou em sua exposição de assuntos como a proteção das fronteiras e a exploração do fundo marítimo. Alves considera que o tema é importante e, por isso, vai propor que seja feita uma apresentação a todos.