Militar venceu a correnteza para salvar duas crianças
Alex Citadin estava numa festa, no Distrito do Garcia, em Blumenau, na noite do dia 22 de novembro. O celular do médico e segundo-tenente de 26 anos começou a tocar pouco depois das 23h30.
A ligação era de Curitiba (PR). Os comandantes do Exército em Blumenau estavam no Estado vizinho quando foram acionados pela Defesa Civil por causa das fortes chuvas. Alex recebeu a missão: “Você tem condições de pedir que o batalhão fique de prontidão?” Sim, tinha.
O jovem foi para casa trocar de roupa. O terno e a gravata precisam dar lugar à farda. De carro, testemunhou os primeiros sinais da tragédia. “Vi postes caídos e fios de alta tensão chicoteando o chão. A água chegou à porta do carro.”
Em 10 minutos, estava de volta à portaria. Viu a lama tomando conta. Com os vizinhos, conseguiu uma bicicleta e pedalou mais de 10 km até o Batalhão de Infantaria. Debaixo de chuva forte, caiu três vezes da bicicleta.
Passada a ordem aos colegas, a nova tarefa era sair para resgatar pessoas. Perto do Clube Centenário, no Garcia, Alex conta que quase se afogou tentando vencer a correnteza. “Como as ruas estavam tomadas pela água, tive de nadar entre dois hospitais.”
Alex Citadin estava numa festa, no Distrito do Garcia, em Blumenau, na noite do dia 22 de novembro. O celular do médico e segundo-tenente de 26 anos começou a tocar pouco depois das 23h30.
A ligação era de Curitiba (PR). Os comandantes do Exército em Blumenau estavam no Estado vizinho quando foram acionados pela Defesa Civil por causa das fortes chuvas. Alex recebeu a missão: “Você tem condições de pedir que o batalhão fique de prontidão?” Sim, tinha.
O jovem foi para casa trocar de roupa. O terno e a gravata precisam dar lugar à farda. De carro, testemunhou os primeiros sinais da tragédia. “Vi postes caídos e fios de alta tensão chicoteando o chão. A água chegou à porta do carro.”
Em 10 minutos, estava de volta à portaria. Viu a lama tomando conta. Com os vizinhos, conseguiu uma bicicleta e pedalou mais de 10 km até o Batalhão de Infantaria. Debaixo de chuva forte, caiu três vezes da bicicleta.
Passada a ordem aos colegas, a nova tarefa era sair para resgatar pessoas. Perto do Clube Centenário, no Garcia, Alex conta que quase se afogou tentando vencer a correnteza. “Como as ruas estavam tomadas pela água, tive de nadar entre dois hospitais.”
De lá, partiu para uma casa que estava se destruindo às margens do Rio Itajaí-Açu. “Primeiro salvei um menino de 8 anos. A mãe não queria largar o outro filho, mas não dava para salvar os dois ao mesmo tempo. Então, ela me passou o bebê, de uns 10 meses”, conta. Alex protegeu a criança. “Ao chegar a um ponto de segurança, vi a casa desmoronar. Não tive mais notícias da mãe.”