VALPARAÍSO - O almirante Dino Nascetti, comandante da Marinha da Itália, afirmou que "toda a América do Sul foi um pouco esquecida por nós" e lamentou a presença "insuficiente" de empresas italianas na Exponaval 2008, inaugurada nesta terça-feira em Valparaíso, no norte do Chile.
Em entrevista com a ANSA, o chefe naval disse que "devemos repensar" a presença italiana nessa região porque "abandonamos esses países por muito tempo, pelo menos na parte militar".
"A presença de empresas italianas não é suficiente. Deveria ser mais forte. Há uma boa presença de empresas de base que têm mercado no Chile, mas esperava uma presença maior do grupo Finmeccanica e também da Fincantieri", afirmou.
Na Exponaval 2008 estão presentes quatro empresas do grupo Finmeccanica: Wass, Selex, Elettronica e Galileo.
"Evidentemente ainda não foi compreendida a importância dessa exposição, que cobre toda a América do Sul e toda a área do Pacífico sul. Enquanto isso, a nível governamental estamos presentes com uma grande delegação, a maior já enviada da Itália", afirmou.
"Esperamos da próxima vez ter uma massa crítica melhor e uma maior presença expositiva", acrescentou.
"Temos um desenvolvimento notável e tradicional da tecnologia naval tanto no setor de combate quanto na parte de plataforma. Também podemos aprender com o Chile, que tem tecnologia e ótima capacidade de construção", afirmou.
Segundo o almirante Nascetti, um impulso a joint ventures chileno-italianas pode ser interessante.
"Escutei a presidente Bachelet falar de multilateralismo, que inclui a capacidade de cooperar com os outros sobre uma base paritária e é isso que pensamos", sustentou.
"A relação bilateral estabelecerá a cooperação. Podemos receber tanto quanto damos e seria muito interessante estabelecer joint ventures com o Chile, que tem grande perspectiva", concluiu.