O Brasil não aderiu ao tratado internacional que proíbe a fabricação e o uso das chamadas bombas de fragmentação (cluster bombs), artefatos que espalham centenas de mini bombas – e freqüentemente provocam muitas vítimas entre a população civil. O documento foi assinado ontem em Oslo (Noruega) por mais de 90 países.
As bombas de fragmentação transformam a área em que caem em uma espécie de campo minado – restos podem explodir anos depois. Segundo a ONG Handicap International, 98% das mais de 100 mil vítimas registradas desse tipo de artefato (mortes e feridos graves) são civis, e 27%, crianças.
Além do Brasil, que é fabricante dessa arma, os EUA, a Rússia, a China e a Índia também não assinaram o tratado. O chanceler Celso Amorim disse que não há uma posição fechada do governo sobre a questão e que o Brasil poderá, no futuro, firmar o acordo.