Marco Aurélio Reis
A reestruturação das Forças Armadas, que com o Plano Estratégico de Defesa vai unificar os estados-maiores das Três Forças, prevê a saída dos comandos militares da Esplanada dos Ministérios. Só vai ficar na imponente avenida inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek o Ministério da Defesa, que sairá muito fortalecido da reestruturação.
O primeiro a se mudar será o Exército. Para tanto, a Força recebeu, no último dia 23, crédito suplementar de R$ 22,6 milhões. O dinheiro será destinado à construção, recuperação, reparação, adequação e adaptação de instalações para a mudança de oito unidades militares para o Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília.
Entre as organizações militares que mudarão de endereço em breve, estão os Comandos Militar do Planalto e da 11ª Região, hoje instalados na Esplanada.
O Exército é o primeiro das Forças a esvaziar o prédio no Centro da capital federal para agrupar as unidades em sua base, dando lugar a outras pastas do governo federal. Mesmo com a urgente necessidade de reaparelhamento, a Força Terrestre trabalha com o segundo maior contingenciamento - são R$ 520 milhões. O maior deles, no valor de R$ 660 milhões, é o da Aeronáutica, e o menor, de R$ 480 milhões, o da Marinha.
A esperança em dias melhores está concentrada fundamentalmente no Plano Estratégico - também conhecido como PAC da Defesa -, que deve ser apresentado pelos ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, ainda neste mês, ao Conselho de Defesa Nacional, composto pelo presidente da República e seu vice, pelos presidentes do Senado e da Câmara Federal, além de ministros e dos comandantes das Três Forças.