DA REDAÇÃO
O Ministério da Defesa brasileiro emitiu nota ontem na qual diz que o titular da pasta, Nelson Jobim, enviou carta à Chancelaria paraguaia qualificando de "infundadas as acusações de suposta violação de território" vizinho por tropas brasileiras na última quarta-feira.
Na carta a Alejandro Hamed, diz o comunicado, "Jobim faz um histórico do episódio, destinado a adestrar a tropa no combate ao contrabando e a outras ações ilegais". A Defesa brasileira nega a suposta incursão e atribui o incidente a um equivoco das autoridades paraguaias e à dificuldade de identificação da fronteira.
Na quarta, policiais do departamento de Canindeyú (leste) disseram ter localizado cerca de 30 soldados brasileiros em território paraguaio, a 30 metros da fronteira, e os advertido da incursão. A versão foi corroborada no dia pelo capitão brasileiro.
Na quinta, Hamed chamou o embaixador brasileiro a dar explicações, qualificou de "provocação" o episódio e disse que ele afetava a soberania paraguaia. O Itamaraty atribuiu a dureza da reação paraguaia a apelos nacionalistas locais.