Emboscada contra comboio militar é maior ataque em 6 anos da guerrilha
Guerrilheiros do Sendero Luminoso mataram na noite de quinta-feira 12 militares e 2 civis no Peru, em um dos piores ataques do grupo rebelde nos últimos anos. O atentado ocorre no momento em que o presidente Alan García enfrenta uma grave crise política e sofre com seu menor índice de aprovação.
Segundo as autoridades, veículos militares retornavam a uma base em Tintaypunco (a 280 quilômetros ao sul de Lima) quando caíram em uma emboscada do Sendero.
"Os rebeldes detonaram explosivos debaixo de um caminhão que transportava civis e, usando armas de longo alcance, dispararam contra todos os outros veículos", disse o Exército, em um comunicado.
Os militares reagiram ao ataque e teve início uma intensa troca de tiros. Cerca de 20 pessoas também ficaram feridas, incluindo mulheres e um menino de cinco anos. Nenhum rebelde foi morto.
"Esse acontecimento lamentável mostra que a organização narcoterrorista Sendero Luminoso, com suas ações sanguinárias, continua derramando o sangue de pessoas indefesas, como mulheres e crianças", prossegue o comunicado.
Desde meados de agosto, o Exército peruano vem realizando uma ampla ofensiva na região andina, no sul do país, considerado um dos últimos redutos do Sendero, onde os guerrilheiros atuam em parceria com narcotraficantes locais.
Com ideologia maoísta, o Sendero aterrorizou o Peru na década de 80 e princípio dos anos 90, ao matar mais de 60 mil pessoas - a maioria civis -, segundo o Comitê de Verdade e Reconciliação.
Desde 1992, quando o líder e fundador do Sendero Abimael Guzmán foi preso, o grupo armado reduziu suas ações e se refugiou em regiões remotas, onde continua realizando ataques esporádicos contra as forças de segurança.
Para o ex-ministro do Interior Fernando Rospigliosi, o ataque contra militares e civis "revela a inaptidão e a incompetência dos militares para enfrentar os terroristas".
CRISE
Com 19% de aprovação (o índice mais baixo de popularidade desde que assumiu, em 2006), García prometeu acabar com os últimos remanescentes da guerrilha. Segundo fontes militares, restam ainda cerca de 300 rebeldes no país.
Além da falta de apoio, o líder peruano também vem enfrentando acusações de envolvimento com corrupção. O caso desatou a pior crise de seu governo. Ontem,García aceitou a renúncia de todo o gabinete.
O ataque ocorre a um mês da reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), em Lima, que reunirá 21 chefes de Estado e de governo de países como EUA, China e Japão. A data preocupa o governo porque em 2002, dias antes da visita oficial do presidente americano, George W. Bush, rebeldes do Sendero detonaram um carro-bomba diante da Embaixada dos EUA em Lima, provocando a morte de 10 pessoas.
Guerrilheiros do Sendero Luminoso mataram na noite de quinta-feira 12 militares e 2 civis no Peru, em um dos piores ataques do grupo rebelde nos últimos anos. O atentado ocorre no momento em que o presidente Alan García enfrenta uma grave crise política e sofre com seu menor índice de aprovação.
Segundo as autoridades, veículos militares retornavam a uma base em Tintaypunco (a 280 quilômetros ao sul de Lima) quando caíram em uma emboscada do Sendero.
"Os rebeldes detonaram explosivos debaixo de um caminhão que transportava civis e, usando armas de longo alcance, dispararam contra todos os outros veículos", disse o Exército, em um comunicado.
Os militares reagiram ao ataque e teve início uma intensa troca de tiros. Cerca de 20 pessoas também ficaram feridas, incluindo mulheres e um menino de cinco anos. Nenhum rebelde foi morto.
"Esse acontecimento lamentável mostra que a organização narcoterrorista Sendero Luminoso, com suas ações sanguinárias, continua derramando o sangue de pessoas indefesas, como mulheres e crianças", prossegue o comunicado.
Desde meados de agosto, o Exército peruano vem realizando uma ampla ofensiva na região andina, no sul do país, considerado um dos últimos redutos do Sendero, onde os guerrilheiros atuam em parceria com narcotraficantes locais.
Com ideologia maoísta, o Sendero aterrorizou o Peru na década de 80 e princípio dos anos 90, ao matar mais de 60 mil pessoas - a maioria civis -, segundo o Comitê de Verdade e Reconciliação.
Desde 1992, quando o líder e fundador do Sendero Abimael Guzmán foi preso, o grupo armado reduziu suas ações e se refugiou em regiões remotas, onde continua realizando ataques esporádicos contra as forças de segurança.
Para o ex-ministro do Interior Fernando Rospigliosi, o ataque contra militares e civis "revela a inaptidão e a incompetência dos militares para enfrentar os terroristas".
CRISE
Com 19% de aprovação (o índice mais baixo de popularidade desde que assumiu, em 2006), García prometeu acabar com os últimos remanescentes da guerrilha. Segundo fontes militares, restam ainda cerca de 300 rebeldes no país.
Além da falta de apoio, o líder peruano também vem enfrentando acusações de envolvimento com corrupção. O caso desatou a pior crise de seu governo. Ontem,García aceitou a renúncia de todo o gabinete.
O ataque ocorre a um mês da reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), em Lima, que reunirá 21 chefes de Estado e de governo de países como EUA, China e Japão. A data preocupa o governo porque em 2002, dias antes da visita oficial do presidente americano, George W. Bush, rebeldes do Sendero detonaram um carro-bomba diante da Embaixada dos EUA em Lima, provocando a morte de 10 pessoas.