DA REDAÇÃO
O principal comandante da Otan (aliança militar ocidental) no Afeganistão, o general americano David McKiernan, negou ontem que a organização esteja perdendo a guerra contra a insurgência do Taleban, mas voltou a cobrar dos 26 países-membros um reforço de contingente no país.
Sete anos após a invasão que derrubou o regime radical do Taleban, a Otan enfrenta um quadro sombrio. Os rebeldes controlam áreas inteiras, e as baixas dos EUA e seus aliados no país já chegaram à marca de 900 mortos e 4.000 feridos.
"É verdade que em muitas partes do país não temos um nível de segurança aceitável. Mas não estamos perdendo o Afeganistão", disse McKiernan.
A declaração foi uma resposta ao chefe militar do Reino Unido no país, Mark Carleton-Smith, que afirmou no início do mês que "[a Otan] não vai ganhar essa guerra" e defendeu negociar com o Taleban.
Mas McKiernan destacou novamente a necessidade urgente de aumentar o número de soldados da Otan no Afeganistão. "Não temos forças de segurança em número suficiente", disse o general.
Somadas, as forças da Otan e dos EUA têm 70 mil homens no país da Ásia Central.
Há três semanas, o comandante americano afirmou precisar de mais 15 mil homens, além dos 8.000 adicionais aprovados por Washington, que chegarão a campo no início do ano que vem.
A recente morte de dez soldados franceses em combates com guerrilheiros levou Paris a cogitar uma retirada de seus efetivos no Afeganistão. O Canadá já anunciou que retirará seus homens em 2011.
Com agências internacionais